O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) denuncia a falta de pessoal nos CTT e a consequente sobrecarga de trabalho, que aumenta as «situações de doença provocadas pelo stress».
Segundo o sindicato, no atendimento, as lojas têm postos de trabalho vagos que, ou não são ocupados, ou são ocupados por trabalhadores deslocados de outras lojas, que por consequência ficam na mesma situação.
O comunicado refere que esta situação é comum a todo o país, «notando-se ainda mais nas lojas que têm balcões do Banco CTT, pois os trabalhadores são desviados dos restantes balcões e não são substituídos». É reportado que nas horas de almoço fica frequentemente apenas um trabalhador ao balcão e no final do dia, após o encerramento da estação, «ficam ainda dezenas de utentes/clientes para atender». Assim, «muitos trabalhadores fazem uma hora ou hora e meia de trabalho a mais». O sindicato afirma que as contratações efectuadas para substituição de férias foram «manifestamente insuficientes».
Na distribuição a situação é semelhante. Sobrecarga de trabalho e ritmos de trabalho muito elevados, que «os trabalhadores já não aguentam».
O SNTCT aponta que estas situações «devem-se à falta de pessoal e à internalização do correio expresso e publicidade, sem o aumento dos meios humanos e matérias necessários», responsabilizando a administração pela resolução da situação.
Como consequência, o sindicato alerta que os clientes «estão cada vez mais insatisfeitos».
Os CTT anunciaram um resultado líquido de 31,7 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.
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