Os protestos, anunciados pela Plataforma pela Defesa da Saúde e Educação, começaram na véspera, na Praça Cuba, em Tegucigalpa, em solidariedade com os funcionários do Instituto Nacional de Formação Profissional, que correm o risco de ser despedidos, no âmbito do processo de privatização da instituição.
De acordo com o Confidencial HN, esta terça-feira os médicos suspenderam as consultas externas nos hospitais públicos e realizaram plenários; por seu lado, os sindicatos de professores agendaram paralisações, piquetes e mobilizações.
A Plataforma fez um apelo à unidade dos trabalhadores destes sectores, na medida em que, se a Lei de Reestruturação e Fortalecimento da Saúde e da Educação, tal como proposta pelo governo hondurenho, foi retirada do Congresso Nacional, continua a existir uma legislação que, em seu entender, visa limitar o direito da população aos serviços públicos essenciais e despedir «de forma massiva» os funcionários públicos na Educação e na Saúde.
De acordo com a HispanTV, na capital do país, Tegucigalpa, a manifestação reuniu mais de 2000 pessoas, entre médicos, professores e estudantes. Outras acções de protesto e manifestações realizaram-se, ao longo do dia, em vários departamentos do país centro-americano.
Privatizar e atacar conquistas
As acções de protesto têm lugar desde o final de Abril, contra uma legislação que, segundo os sindicatos, permitirá ao governo proceder à realização de «despedimentos massivos de funcionários», acabar com «as conquistas que os trabalhadores alcançaram em décadas de luta» e implicará a privatização dos sectores da Educação e da Saúde no país centro-americano.
Nas primeiras mobilizações, em que os manifestantes exigiram também a demissão do presidente Juan Orlando Hernádez, registaram-se episódios de grande violência policial, tendo sido registados disparos. Com base em depoimentos recolhidos nas redes sociais, a RT afirmou que «se viram imagens perturbadoras nas Honduras, onde alegados civis armados agem em conluio com a Polícia hondurenha e atacam manifestantes».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui