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Greve dos trabalhadores do Hospital Amadora-Sintra com adesão de 95%

Os trabalhadores do Hospital Fernando Fonseca estão em greve, esta quarta-feira, para exigir a contratação de mais pessoal e a aplicação do acordo colectivo de trabalho aprovado há quase um ano.

Concentração de trabalhadores junto á entrada do Hospital Amadora-Sintra, 22 de Maio de 2019
Créditos / STFPSSRA

A greve de 24 horas, convocada Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (CGTP-IN), abrange o pessoal administrativo e auxiliar do Hospital Amadora-Sintra. Além da paralisação, foi ainda realizada uma concentração de protesto ao meio-dia.

Em comunicado, o sindicato afirma que os trabalhadores avançaram com o protesto visto que, após quase um ano da entrada em vigor do acordo colectivo de trabalho para os hospitais públicos, o Fernando Fonseca «continua a ser o único no País que não aplica» o documento.

«Este hospital não pode ser uma ilha no Serviço Nacional de Saúde. É o único onde não está a ser aplicado o acordo colectivo de trabalho em vigor em todos os outros hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial)», frisou Sebastião Santana, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, à RTP. 

Realçando que já foram muitas as diligências promovidas, o dirigente afirmou que o Ministério da Saúde e o conselho de administração do hospital continuam sem apresentar uma solução válida para esta questão que afecta directamente os trabalhadores desta unidade hospitalar.

«Como se isto não bastasse, o Hospital Fernando Fonseca também é o único onde os trabalhadores com os salários mais baixos não ganham os 635 euros previstos, ainda recebem 600 euros. E continua a ser um hospital, à semelhança de muitos outros, mas de uma forma mais incisiva, que tem uma falta de pessoal gritante», denunciou.

Entre outros motivos, os trabalhadores do hospital contestam os ritmos de trabalho, que «continuam a ser muito superiores ao desejável, em resultado da falta de pessoal que existe na maioria dos serviços», realçando que, no fim de contas, acabam «por ser os utentes os maiores prejudicados com esta realidade».

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