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Síria reafirma «total solidariedade» ao «heróico povo palestiniano»

Para o Dia Mundial de al-Quds (Jerusalém), que se celebrou esta sexta-feira, estavam agendadas mais de 80 mobilizações solidárias com a Palestina em todo o mundo. O governo sírio vincou o seu apoio.

Em Saná, capital do Iémen, teve lugar uma grande manifestação de apoio ao povo palestiniano
Créditos / Twitter

Uma fonte do Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros declarou esta sexta-feira à SANA, por ocasião da celebração do Dia Mundial de al-Quds, que a República Árabe da Síria reafirma «a total solidariedade ao heróico povo palestiniano e à população síria [residente] nos Montes Golã ocupados», sublinhando igualmente o seu «apoio ilimitado à libertação dos territórios árabes ocupados», em alusão ao «regresso dos Montes Golã à soberania da Síria» e «à criação de um Estado palestiniano independente, tendo Jerusalém como capital».

O diplomata, não identificado, destaca que as comemorações deste ano do Dia Mundial de al-Quds ficam marcadas pelo «crescendo da conspiração norte-americana-sionista», sobretudo após a proclamação de Jerusalém como capital de Israel e o reconhecimento da soberania israelita sobre os Montes Golã sírios, por parte da administração de Donald Trump.

No entanto, esclareceu o funcionário sírio, as decisões da Casa Branca não irão alterar a identidade desses territórios, o facto de que al-Quds e os Montes Golã foram e continuarão a ser terras árabes. «Os direitos dos palestinianos e dos sírios não vão desaparecer com a passagem do tempo», disse.

Referindo-se ao chamado «acordo do século» urdido pelos EUA, o diplomata afirmou que o «projecto está destinado ao fracasso, graças à vontade firme e à resistência dos povos».

Hezbollah: ocupação de Jerusalém facilitará a ocupação da região

Ainda no contexto das celebrações do Dia Mundial de al-Quds, o vice-secretário-geral do movimento de resitência libanês Hezbollah, Naim Qassem, afirmou na véspera, na Embaixada do Irão em Beirute (capital do Líbano), que a ocupação progressiva de Jerusalém irá abrir o caminho para a ocupação de outros países no Médio Oriente.

Qassem destacou que Israel «fez o impossível para promover a sua "legitimidade" e avançar com os planos expansionistas na região, neles se incluindo o apoio [que recebeu] do chamado "acordo do século" [concebido] pela administração norte-americana» – que, em seu entender, «já está morto antes de nascer», refere a HispanTV.


Explicou que se trata de «um pacto unilateral» que, alegadamente, visa pôr cobro ao conflito entre palestinianos e israelitas: «unilateral porque, do outro lado, não há quem o subscreva», disse.

O povo palestiniano, conhecido pelo seu carácter «revolucionário» e «heróico», continuará a resistir, e a «resistência» é, para Qassem, o elemento-chave contra a ocupação e para a libertação de territórios actualmente sob domínio israelita.

Ontem, milhões de pessoas – muçulmanos na sua maioria, mas também outros defensores da Paz e apoiantes da causa da libertação dos territórios palestinianos sob domínio sionista – manifestaram-se em vários pontos do mundo, estando pelo menos agendadas 80 mobilizações (no Médio Oriente, na Ásia Central, na Europa, na América Latina, na América do Norte).

O Dia Mundial de al-Quds, que coincide com a última sexta-feira do mês do Ramadão (nono mês do calendário lunar), foi instituído pelo fundador da República Islâmica de Irão, Imã Khomeini, em Agosto de 1979, com o intuito de travar os planos de «eliminar a Palestina do mapa geográfico e reivindicar os direitos legítimos do povo palestiniano».

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