O PCP denuncia, num comunicado, que o Governo minoritário do PS e alguns dos seus municípios no distrito de Beja «têm em marcha um processo visando transformar a água num negócio», criando condições para a privatização do sector das águas, tal como aconteceu com o dos resíduos. Como exemplo surge a contratação de serviços externos, comum a todas as empresas do grupo Águas de Portugal.
Os comunistas insistem que o controlo dos municípios é essencial para determinar as políticas do sector para a região e para a melhoria da qualidade de vida das populações. Por outro lado, opõem-se às «manobras e chantagem» exercidas tanto pelo Governo do PS como pelos anteriores, «impondo formas de associação ou organização das autarquias e das suas competências» para se poderem candidatar e obter os fundos comunitários necessários.
De acordo com o texto, os municípios de Aljustrel, Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura e Ourique estarão a decidir a constituição de uma parceria para a gestão dos sistemas de água em baixa, sem a discussão e esclarecimento necessários, nos respectivos órgãos autárquicos, aos trabalhadores envolvidos e às populações.
Para o PCP «não existe nenhuma razão» para os municípios alienarem uma responsabilidade «tão importante» e com isso a possibilidade de decidirem sobre a sua gestão, passando a ser minoritários nas empresas do Grupo das Águas de Portugal.
«Não há qualquer vantagem neste processo para o interesse público, que, entre outros aspectos, implicará a extinção da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja e a perturbação na situação laboral dos trabalhadores do sector», conclui.
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