Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Espectáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN), considera a proposta «inaceitável» e que «o Governo está apenas a contribuir para incendiar ainda mais o ambiente laboral dentro do OPART».
Em causa está o resultado de duas reuniões com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, e a secretária de Estado, Ângela Ferreira, que consideram agora ilegal o acordo obtido em 2017 entre os trabalhadores e a administração para a redução do horário de trabalho.
Segundo o sindicato, sugerem que haja harmonização salarial mas do lado da CNB, tendo estes trabalhadores que optar entre manter um corte salarial para estabelecer as 35 horas ou manter o salário e fixar as 40 horas.
Os trabalhadores decidiram, em plenário, rejeitar esta proposta e avançar para novas formas de luta, para além das greves já anunciadas.
«O Governo não só perdeu a linha do horizonte como se decide por atacar os direitos dos trabalhadores» conclui o sindicato. Consideram que esta situação, que podia já estar resolvida desde Abril, está a tornar-se «muito mais incómoda do que era inicialmente expectável» e apelam a que o primeiro-ministro analise a questão.
As greves levaram ao cancelamento de três récitas da ópera La Bohème, no TNSC. Os trabalhadores avançaram também com pré-avisos de greve às apresentações dos bailados Nós como Futuro, a 27, 28 e 29 de Junho, no Teatro Camões, em Lisboa, Dom Quixote, entre 11 e 13 de Julho, no Teatro Rivoli, no Porto, 15 Bailarinos e Tempo Incerto, a 17 e 18 de Julho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, no âmbito do 36.º Festival de Almada, e aos espectáculos incluídos no Festival ao Largo, que decorre de 5 a 27 de Julho, em Lisboa.
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