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Homens ganham, em média, mais 15% do que as mulheres

Dados relativos a 2017 expõem a discriminação salarial em função do sexo: os homens ganharam mais 150 euros, em média, do que as mulheres.

O MDM frisa que «os direitos das mulheres são para serem cumpridos»
O MDM frisa que «os direitos das mulheres são para ser cumpridos»Créditos / MDM

O Barómetro das Diferenças Remuneratórias entre Homens e Mulheres (BDRHM) apresentou ontem, em Lisboa, um conjunto de dados relativos ao ano de 2017, que revelam que, em Portugal, os homens ganharam nesse ano, em média, mais 15% do que as mulheres.

Os valores reportam-se à remuneração média mensal base dos homens, sendo que o salário base destes se fixou nos 1008,8 euros mensais e o das mulheres se estabeleceu nos 859,1 euros mensais.

No entanto, os mesmos dados revelam que, se se considerar os salários efectivamento ganhos, as diferenças salariais sobem para 18,2%.

Segundo o BDRHM, a análise feita procurou minimizar o efeito de algumas variáveis que podem ajudar a explicar as diferenças salariais entre homens e mulheres, como o nível de qualificação profissional, a habilitação literária ou a antiguidade no emprego, entre outros. E, nesses casos, a diferença percentual entre sexos baixa para 11,2%.


Ainda assim, o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confima que mesmo «depois de corrigir tudo isso permanece uma diferença inexplicável, que por vezes poderá ser até explicada por actos de discriminação salarial».

Constata-se que são as actividades artísticas e desportivas onde o fosso salarial é maior, fixando-se nos 57,1%. E, mesmo com variáveis atenuantes, a diferença nestes sectores regista-se nos 19,6%.

Os distritos onde se verificam maiores diferenças entre salários base médios entre sexos são Setúbal, Leiria, Lisboa e Aveiro, verificando-se neste último distrito uma diferença de 20% em desfavor das mulheres.

O BDRHM foi elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento, o qual é dependente do ministério tutelado por Vieira da Silva.

Conta-se que venham a ser disponbilizados até ao final do ano os dados relativos a 2018.


Com Agência Lusa

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