Mike Pence recorreu esta quinta-feira à sua conta oficial de Twitter para manifestar o «incómodo» com a viagem que o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, deverá realizar à Venezuela nos próximos dias.
Tal viagem mostra que as «actividades desestabilizadoras do Irão vão muito mais além do Médio Oriente», escreveu Pence, que classificou «a influência maligna do Irão» como uma «ameaça à segurança e à democracia na região», e não se esqueceu de apontar o dedo ao movimento de resistência libanês Hezbollah, que «continua activo no Hemisfério Ocidental».
Em simultâneo, o membro da administração norte-americana insistiu na defesa de «uma Venezuela livre e democrática», e voltou a referir-se ao presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, como um «ditador sem legitimidade para continuar no poder».
Confrontada com estas afirmações, a vice-presidente venezuelana rejeitou-as de forma veemente, tendo escrito na sua conta de Twitter que «a única ameaça à região e ao mundo é a ditadura belicista e supremacista de um governo [norte-americano] que despreza a humanidade».
Delcy Rodríguez, que classificou as declarações de Mike Pence como «desequilibradas», escreveu ainda na plataforma digital que «o sistema político norte-americano asfixia os direitos políticos dos seus cidadãos», sublinhando que se trata de uma «ditadura do capital industrial militar, financeiro e mediático» que «rege penosamente os destinos dos EUA».
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, que tem estado em Nova Iorque para participar em várias reuniões na sede das Nações Unidas, deve viajar em breve para a Venezuela, para participar no encontro de ministros de Negócios Estrangeiros do Movimento dos Países Não Alinhados (MPNA), que decorre em Caracas amanhã e no sábado.
Segundo informam a VTV e a AVN, trata-se de um encontro de preparação para a XVIII cimeira do MPNA, a realizar em Outubro deste ano em Baku, capital do Azerbaijão.
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