A exigência do fim da ocupação norte-americana e turca em território sírio, bem como do fim «das suas práticas agressivas de apoio ao terrorismo e dos seus crimes contra os sírios e a infra-estrutura» do país árabe, foi expressa, esta terça-feira, pelo representante permanente da Síria junto das Nações Unidas, Bashar al-Jaafari, numa sessão do Conselho de Segurança.
Na ocasião, al-Jaafari afirmou que o «regime turco» introduziu em território sírio, nos últimos dois dias, pelas fronteiras entre a Turquia e a província síria de Idlib, viaturas carregadas de armas e munições, bem como de mercenários e terroristas uzbeques, tajiques e do Cáucaso, para apoiar a organização terrorista «Jabhat al-Nusra», noticia a agência SANA.
Al-Jaafari acrescentou que as razões para a falta de paz e segurança no Médio Oriente residem nas «intervenções estrangeiras subversivas» nos países da região, que incluem tentativas de mudança de governos pela força, o investimento no terrorismo e a criação de crises e guerras fabricadas para saquear as riquezas da região, revela a mesma fonte.
Afirmando que o motivo principal para «os conflitos e a ausência de paz e estabilidade foi sempre a ocupação israelita dos territórios árabes», o diplomata sírio sublinhou que a falta de mecanismos para pôr em prática as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, relativas a Israel, levou à continuidade da ocupação e encorajou os EUA a escapar aos seus compromissos nesta matéria.
Al-Jaafari instou ainda ao levantamento imediato das medidas coercitivas unilaterais impostas pelo Ocidente, que caracterizou como «terrorismo económico» e uma forma de hipocrisia, com consequências catastróficas para os povos da região.
Exército sírio trava combates em duas frentes
O Exército Árabe Sírio (EAS) mantém fortes combates contra grupos terroristas em pelo menos duas frentes: no Sul da província de Idlib e no Noreste da província de Latakia, revelaram fontes militares a que a Prensa Latina teve acesso.
Os combates abrangem áreas no Sul da cidade de Khan Sheikhoun, que as tropas de Damasco controlam em mais de 60%, de acordo com a Prensa Latina, embora a agência iraniana Fars afirme que os terroristas do Hayat Tahrir al-Sham (a antiga Frente al-Nusra) abandonaram por completo a estratégica cidade, com receio de ficarem totalmente cercados.
O Exército sírio conseguiu entrar em Khan Sheikhoun no domingo passado e controlar a auto-estrada Damasco-Alepo num troço entre Hama e Idlib, cortando a via vital de abastecimento aos terroristas na cidade.
Por seu lado, a Al Mayadeen informa que o EAS assumiu o controlo total de várias localidades no Norte da província de Hama, mesmo junto à de Idlib, como al-Tamanah, al-Lataminah, Kafr Zita e Morek.
Ainda assim, as tropas turcas mantêm-se presentes em 14 pontos de controlo em redor de Idlib e perto da província de Latakia, dos quais não têm intenção de se retirar, segundo expressaram fontes oficiais em Ancara, citadas pela Prensa Latina.
Nesta ofensiva, o Exército sírio está a ser apoiado pela aviação russa e por efectivos no terreno, tal como confirmou à imprensa o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
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