Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav/CGTP-IN) afirma que existem mais de 100 mil trabalhadores dos call centers que desempenham funções «permanentes e imprescindíveis» ao negócio de grandes grupos económicos como a NOS, a Vodafone, a MEO, a EDP ou a BANCA, mas que não têm vínculo à empresa onde trabalham.
O «recurso ao sistema de externalização de serviços» assumido pelas inúmeras empresas prestadoras de serviços instaladas em Portugal, que «não produzem um alfinete», é a forma de explorar «até ao infinito» muitos milhares de trabalhadores em benefício dos accionistas, que arrecadam anualmente lucros de muitos milhões de euros «à conta de baixos salários».
O sindicato considera então que «a luta tem que endurecer» e diz estar determinado a organizar uma «grande acção nacional» com o apoio da CGTP-IN. Acrescentou que a precariedade laboral não é um problema que afecta exclusivamente este sector ou a juventude, mas é transversal a diversas actividades e põe em causa o desenvolvimento do País.
Nesta acção, os trabalhadores pretendem reivindicar uma regulamentação que defina a profissão, a carreira profissional e salários justos. Exigem também a aplicação de regras rigorosas no recurso à subcontratação em regime temporário ou outsourcing, como passo importante para travar «o uso e abuso das empresas em falsear as necessidades que deveriam ser justificadas com postos de trabalho efectivos».
A acção nacional está prevista para finais de Setembro e será articulada entre vários sindicatos do sector.
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