«Uma mentira, mesmo que repetida muitas vezes, nunca poderá ser verdade», afirma o Sindicato de Hotelaria do Centro (CGTP-IN) em nota enviada à imprensa, denunciando que, na sua intervenção na Figueira da Foz, tem encontrado casos de trabalhadores não declarados à Segurança Social por imposição dos patrões, que atrasam a assinatura de um contrato.
A nota acrescenta que muitos trabalhadores nem chegam a assinar contrato, o que significa que, juridicamente, é como se ali não tivessem trabalhado. Noutros casos, as empresas não pagam os salários vários meses, recorrendo à «pressão e assédio moral para que o trabalhador se despeça», frisa o sindicato.
Alerta ainda para a situação de «vulnerabilidade social» em que se encontra a grande maioria dos trabalhadores do sector, muitos dos quais jovens deslocados ou emigrantes, vivendo em situações de dependência e condições degradantes, nomeadamente no que diz respeito à habitação.
A alegada «falta de pessoal» para trabalhar no sector, a existir, «tem culpados», acrescenta o sindicato, uma vez que as empresas não garantem os direitos dos trabalhadores. Os «salários de miséria», horários desregulados e extensos, a ausência de compensação do trabalho ao fim-de-semana são os factores negativos que «não cativam» os milhares de jovens que se formam no sector mas que posteriormente não se fixam nas empresas.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui