Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, informou que Sahar Othman foi morto com um tiro no peito perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, indica na sua página o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
O representante do Ministério disse ainda que outros 63 palestinianos foram feridos pelas forças repressivas, 32 dos quais ao serem atingidos por fogo real. Quatro dos feridos eram, segundo a mesma fonte, paramédicos voluntários que prestavam assistência no local aos manifestantes feridos.
Apesar disto, um porta-voz do Exército israelita disse ao Middle East Eye que as tropas sionistas não usaram fogo real, mas «meios para dispersar tumultos», sem ter precisado que «meios» foram.
Segundo a HispanTV, 7000 pessoas terão participado nos protestos desta sexta-feira, ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza e que constituíram a 76.ª manifestação semanal da Grande Marcha do Retorno.
Com estas mobilizações, iniciadas a 30 de Março de 2018, os manifestantes exigem o direito dos refugiados palestinianos e seus descendentes a regressarem às terras, na Palestina histórica, de onde foram expulsos em 1948, no âmbito da campanha de limpeza étnica realizada pelas forças sionistas, por ocasião da criação de Israel. Reclamam igualmente o levantamento do cerco de Israel ao enclave costeiro, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas em condições humanitárias dramáticas.
Dezenas de feridos em Kafr Qaddum em protestos contra colonatos
Também esta sexta-feira, as forças israelitas dispararam numerosos cartuchos de gás lacrimogéneo e balas de metal revestidas de borracha contra manifestantes palestinianos em Kafr Qaddum, no distrito de Qalqiliya (Margem Ocidental ocupada), ferindo dezenas deles.
O MPPM lembra que os palestinianos da aldeia de Kafr Qaddum têm vindo a protestar semanalmente, há anos, contra a contínua expansão dos colonatos nas suas terras e exigindo a reabertura da estrada entre a povoação e a cidade de Nablus.
Israel confisca mais terra palestiniana no Sul da Cisjordânia
As autoridades israelitas anunciaram, esta quinta-feira, o confisco de cerca de 1500 dunams (aproximadamente 150 mil metros quadrados) de terra na cidade de Dura, localizada 11 quilómetros a sudoeste de Hebron (al-Khalil), levando a efeito uma decisão, decretada em 1987, de ali confiscar três lotes de terra, com o pretexto de que pertencem ao Estado israelita.
Nos lotes confiscados vivem centenas de famílias palestinianas e existem várias estruturas agrícolas construídas, noticia a agência WAFA, acrescentando que numa parte da terra, que fica nos limites do município de Dura, foram plantadas amendoeiras e oliveiras.
Uma parte destas terras fica na chamada Área B, que constitui 22% da Margem Ocidental ocupada e é administrada pela Autoridade Palestiniana, sob controlo de segurança dos israelitas. De acordo com as autoridades palestinianas, os donos têm escrituras que provam que são proprietários das terras em questão.
Esta acção insere-se na política expansionista de ocupação levada a cabo por Israel na Palestina, violando o Direito Internacional e as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Estima-se que cerca de 600 mil israelitas vivam em 230 colonatos construídos desde a ocupação israelita, em 1967, da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental.
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