Investimento público acentua queda

INE revê crescimento económico para 0,9%

A economia cresceu no segundo trimestre 0,9%, em vez dos 0,8% previstos. O investimento continua a cair e as importações e exportações a abrandar, mas foram criados 28 500 empregos.

Instituto Nacional de Estatística
CréditosJoão Carvalho / Wikipedia

O Instituto Nacional de Estatística (INE) registou um aumento do produto interno bruto (PIB) de 0,9% no segundo trimestre deste ano. A informação adicional sobre os deflatores das importações e exportações e sobre a balança de pagamentos permitiu a revisão em alta, depois de a estimativa rápida, de 12 de Agosto, ter previsto um crescimento neste período de 0,8%.

A procura interna (consumo público, consumo privado e investimento) e a procura externa líquida (exportações líquidas das importações) influenciaram de forma diferente o crescimento dos dois primeiros trimestres. Do primeiro para o segundo, a procura interna caiu de 1,7% para 0,6% (devido ao menor crescimento do consumo privado e à queda do investimento), enquanto a procura externa líquida aumentou de -0,7% para 0,2% (devido à desaceleração das exportações menor que a desaceleração das importações).

Os dados agora divulgados pelo INE permitem ainda concluir que o emprego no segundo trimestre aumentou, em termos homólogos 0,8% (no primeiro trimestre, o crescimento homólogo foi de 1,1%). Os dados corrigidos de sazonalidade permitem perceber que nos primeiros seis meses de 2016 foram criados 28 500 empregos.

As imposições do Tratado Orçamental continuam a ter reflexos na nossa economia. O investimento público, na óptica da contabilidade pública, caiu do primeiro para o segundo trimestre em termos homólogos, de -9,1% para - 30,2%, arrastando consigo o investimento privado e influenciando negativamente a criação de emprego, o consumo, as importações, as exportações e consequentemente o crescimento da economia.

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