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Diplomacia iraniana considera «proporcional» ataque a base dos EUA

Javad Zarif, chefe da diplomacia iraniana, considerou «proporcional» o ataque lançado pelo Guardiães da Revolução contra uma base militar norte-americana no Iraque, como represália pelo assassinato de Qassem Soleimani.

Imagem que circula nos media iranianos e que, supostamente, mostra um dos mísseis disparados contra uma das bases dos EUA no Iraque, como retaliação pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, figura destacada na luta contra o Daesh
Créditos / Fars News

O assassinato de Soleimani, comandante da Força Quds dos Guardiães da Revolução Islâmica, foi perpetrado no passado dia 3 de Janeiro nas imediações do aeroporto internacional de Bagdade com drones dos Estados Unidos, tendo o Pentágono precisado que a acção foi levada a cabo por ordem do presidente Donald Trump.

Como primeira retaliação militar pela morte do general iraniano, a Divisão Aeroespacial dos Guardiães da Revolução Islâmica lançou esta madrugada dezenas de mísseis terra-terra contra a base de Ain al-Assad, localizada na região iraquiana de Anbar, de onde partiram os drones que mataram Qassem Soleimani e vários membros das Unidades de Mobilização Popular iraquianas, incluindo o seu subcomandante, Abu Mahdi al-Muhandes.

«O Irão adoptou e executou medidas proporcionais de autodefesa, ao abrigo do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, contra a base de onde partiu o ataque armado cobarde contra os nossos cidadãos e funcionários», afirmou Mohammad Javad Zarif na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano sublinha que o seu país «não procura a escalada ou a guerra», mas que se defenderá de qualquer agressão.

Por seu lado, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irão, major-general Mohammad Bagheri, avisou os EUA que enfrentarão «uma resposta mais severa que a de hoje», caso levem a cabo outras «más acções».


O Pentágono confirmou que o Irão lançou mais de uma dezena de mísseis balísticos contra duas bases no Iraque que albergam pessoal militar norte-americano, a de Ain al-Arab e Erbil (na região do Curdistão iraquiano), e que estava «a avaliar os danos».

Estimativas não oficiais apontadas por alguns órgãos de comunicação e agências, nomeadamente a Prensa Latina, referem que terão sido mortos no ataque 80 militares norte-americanos.

Em comunicado, o Exército do Iraque afirmou que nenhum dos seus efectivos foi morto ou ficou ferido no ataque do Irão às bases norte-americanas em solo iraquiano. As autoridades do país árabe foram avisadas.

De acordo com o texto, a que a HispanTV faz referência, foram disparados 22 mísseis contra as bases iraquianas, tendo 17 atingido a de Ain al-Assad e outros dois a de Erbil.

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