A paralisação de 24 horas, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN), tem como objectivo denunciar o bloqueio por parte do conselho de administração da Ecalma/Wemob e do Executivo da Câmara Municipal de Almada que «teimam em não cumprir» a negociação colectiva.
Em declarações ao AbrilAbril, Pedro Rebelo, dirigente do STAL, fala de uma adesão a rondar os 75% nos vários serviços e da paralisação total nos parques de estacionamento.
«Importa dizer que quatro trabalhadores do estacionamento foram penalizados com processos disciplinares a propósito da realização de greve no Dia do Trabalhador», disse, acrescentando que esta adesão dá uma «clara resposta a uma tentativa de repressão». Processos esses que, por serem ilegais, foram considerados improcedentes estando agora os trabalhadores em tribunal a exigir indemnizações.
A greve pretende reafirmar três reivindicações concretas: o aumento de todos os salários num mínimo de 60 euros para contrariar a perda de 12% de poder de compra nos últimos dez anos; a regulamentação da carreiras; e a melhoria das condições de trabalho, nomeadamente no que toca ao fardamento, aos balneários, e à higiene nas imediações do refeitório.
«A empresa diz que está tudo bem, mas avança com um conjunto de investimentos no aspecto exterior sem olhar aos problemas internos», disse o dirigente, lembrando que está em curso um redimensionamento e um aumento de capital de 900 mil euros que não prevê a valorização salarial dos trabalhadores.
Concentrados esta manhã frente à Câmara, única accionista da empresa, para entregar uma resolução aprovada em plenário, os trabalhadores garantem que a luta vai continuar até haver resposta aos problemas.
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