Na audição realizada esta terça-feira, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) entregou um documento, no qual aprofunda as razões da petição lançada em Maio de 2019 e refere exemplos «de desgaste em consequência do tipo de actividade nas diversas profissões do sector, quer sejam relativas aos motoristas, aos trabalhadores da ferrovia e do Metro, às questões específicas dos trabalhadores marítimos e dos que laboram nos correios e telecomunicações», pode ler-se em nota divulgada.
A estrutura sindical frisou ainda os aspectos transversais a todo o sector, nomeadamente a forma como se organiza o trabalho com horários irregulares, que conduz «a uma alteração [...] das horas de dormir, perturba os ritmos biológicos, potencia o aparecimento de doenças do foro oncológico, do sono e prejudica a vida social e familiar, trazendo inegáveis prejuízos para a saúde física e psíquica do trabalhador», levando a uma diminuição da produtividade e colocando em risco a segurança.
O ruído e as vibrações foram apresentados pela Fectrans como um importante factor de risco para aqueles que permanecem muitas horas dentro de veículos, na estrada ou debaixo do solo, originando perturbações fisiológicas e psicológicas, perturbações músculo-esqueléticas, neurológicas e vasculares, além de outras patologias.
A petição a exigir a redução da idade da reforma para os 55 anos, tendo em conta o número de assinaturas recolhidas, deverá ser discutida em plenário na Assembleia da República. Até lá, a organização sindical afirma que irá «prosseguir com a luta», nomeadamente através da realização de uma vigília, em moldes a anunciar, nos dias 7 e 8 de Abril.
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