Foi na passada quinta-feira que o grupo Transdev anunciou, através da sua página da Internet, a suspensão por tempo indeterminado de todas as linhas interurbanas nos concelhos do Fundão, Belmonte, Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Sertã e Vila de Rei.
Posto isto, denuncia o sindicato, embora as empresas estejam a laborar, os trabalhadores vêem-se impedidos de chegar ao seu local de trabalho, apesar de terem adquirido o passe para o mês completo.
No seguimento do contacto estabelecido com a empresa, a estrutura sindical afirma que não há intenção de «reembolsar os trabalhadores do valor que pagaram por um serviço que foi suspenso, nem indemnizar os mesmos pelos prejuízos causados, informando que a suspensão foi uma imposição à Transdev».
Numa carta endereçada ao Governo e presidentes de Câmara de concelhos afectados, o sindicato tenta apurar a responsabilidade pela situação. Ao mesmo tempo, pergunta: «Quem vai pagar e justificar os dias de ausência ao trabalho por impedimento de deslocação aos trabalhadores?», que estão sem transporte desde segunda-feira.
«Sabemos que a situação que vivemos é dramática, no entanto, não podem ser os trabalhadores a pagar os prejuízos causados e muito menos que lhes imponham férias forçadas devido a estas e a outras situações», critica.
Face à denúncia do sindicato, também o grupo parlamentar do PCP apresentou uma pergunta ao Governo, por intermédio do ministro do Ambiente e Acção Climática.
Os comunistas querem saber se foi realmente emitida, pelo Executivo ou por alguma entidade pública, a ordem de suspensão do transporte rodoviário que a empresa refere, e que medidas serão tomadas para assegurar a defesa das populações.
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