|Segurança e saúde no trabalho

Construção civil a funcionar sem segurança

É «imperiosa» a suspensão das obras e empreitadas onde não são cumpridas as condições de protecção, com garantia de pagamento dos salários dos trabalhadores da construção civil, afirma a Feviccom.

O Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE), divulgado terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e Banco de Portugal (BP), comprova que o sector da construção e actividades imobiliárias é aquele que mantém em funcionamento a maioria das empresas (91%).

Em comunicado à imprensa, a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN) considera ser «imperiosa» a suspensão das obras e empreitadas, com garantia de pagamento dos salários dos trabalhadores da construção civil.


«Esta suspensão tornou-se um imperativo nacional para a salvaguarda da saúde dos próprios trabalhadores, das suas famílias e da população», refere a estrutura sindical.

A Feviccom denuncia que, na maior parte dos casos, os trabalhadores não têm condições de segurança e saúde: sem máscaras, luvas e gel desinfectante; sem ser garantida a distância física mínima e condições sanitárias; e sem acompanhamento nem controlo da medicina do trabalho, estes trabalhadores estão expostos ao contágio, sendo obrigados a trabalhar todos os dias nestas condições.

A construção civil tem cerca de 300 mil trabalhadores, profissionais qualificados num sector em que abundam os vínculos precários, os salários baixos e a falta condições de segurança e saúde no trabalho, refere a federação.

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