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Turquia liberta presos mas exclui jornalistas e activistas

Para descongestionar as suas prisões perante o avanço da pandemia de covid-19, o país vai libertar milhares de presos, não incluindo na amnistia jornalistas, políticos e activistas.

Momento da detenção de advogados junto ao Tribunal de Esmirna
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Segundo a agência de notícias EFE, a saída «espetacular» do chefe da máfia ultranacionalista Alaattin Çakici da prisão, na quinta-feira em Ancara, escoltado por centenas de automóveis com seguidores, foi criticada na sexta-feira por representantes da oposição e organizações de direitos humanos. O ex-detido está vinculado ao partido ultranacionalista MHP [Partido de Acção Nacionalista], aliado do AKP [Partido da Justiça e Desenvolvimento] no parlamento.

Estes alertaram que o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan usa a pandemia como desculpa para libertar da prisão adeptos vinculados com membros do Executivo e seus aliados.

A intenção do governo é libertar um total de 90 000 presos para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus, depois de estarem confirmados 17 casos em cinco prisões, três dos quais resultaram em mortes.

A nova reforma adoptada na passada terça-feira exclui condenados por terrorismo, assassinato, tráfico de drogas ou abuso sexual. Por estarem presos por acusações de terrorismo, os opositores políticos de Erdogan também não serão amnistiados.


A medida não inclui dezenas de deputados do partido de esquerda HDP [Partido Democrático dos Povos], jornalistas ou activistas, todos julgados pela acusação genérica de terrorismo, embora sem relação com delitos violentos, segundo a EFE.

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