Cerca de uma dezena de polícias e vários manifestantes sofreram ferimentos ligeiros na sequência das manifestações de protesto que tiveram lugar ontem à noite e na madrugada e manhã de hoje, perto do local onde Keith Lamont Scott, de 43 anos, foi morto a tiro pela Polícia, ontem à tarde, informa a agência Reuters com base em fontes policiais e na comunicação social local.
Lamont Scott encontrava-se junto ao seu carro, num parque de estacionamento de um complexo de apartamentos, quando a Polícia se aproximou e o matou. De acordo com a versão do Departamento da Polícia de Charlotte-Mecklenburg, os agentes procuravam «um suspeito» e terão visto Scott sair da sua viatura com uma arma de fogo na mão. «Os agentes dispararam porque ele representava uma ameaça mortal iminente», lê-se num comunicado emitido pelo departamento.
Esta versão é negada por manifestantes, testemunhas e familiares da vítima. Estes últimos disseram à imprensa que Keith Lamont Scott tinha um livro na mão e estava à espera que um dos seus filhos chegasse da escola. Shakeala Baker, que vive num complexo de apartamentos contíguo, disse que já tinha visto Scott naquele parque, noutras tardes, à espera do filho, informa a Reuters.
Esta morte ocorre no meio de um intenso debate, a nível nacional, sobre o uso da força pela Polícia, com consequências mortais, sobretudo contra afro-americanos. Por outro lado, a Polícia não esclareceu se Scott era o suspeito que procurava no complexo de apartamentos. Mas uma estação de TV local informou que não.
Protesto em Tulsa
Ontem à noite, cerca de 200 pessoas participaram numa concentração de protesto em Tulsa, no estado norte-americano de Oklahoma, depois de, na semana passada, um agente ter morto um afro-americano desarmado. O incidente ficou registado nos vídeos da Polícia.
Os advogados da família de Terence Crutcher, de 40 anos, afirmam que ele não representava qualquer perigo para os agentes quando foi morto a tiro.
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