A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul agendou um protesto para exigir o reforço dos transportes públicos, no contexto do previsível aumento de utilização dos mesmos no período de regresso às aulas e da necessidade de evitar uma sobrelotação que ponha em risco a saúde dos utentes, face à pandemia de Covid-19 em curso.
A acção de protesto, segundo comunicado recebido da comissão de utentes, decorrerá na próxima quarta-feira, dia 16 de Setembro, no Largo 5 de Outubro (jardim da Cova da Piedade), em Almada.
A comissão, que representa os utentes da Fertagus, Metro Sul do Tejo, Transtejo e Transportes Sul do Tejo (transportadora rodoviária), está preocupada com a falta de medidas de reforço dos transportes públicos necessárias para respeitar as recomendações da Direcção-Geral de Saúde (DGS).
O cumprimento destas, afirma, «é um factor determinante para a recuperação da confiança no sistema de transportes públicos, que vinha a crescer exponencialmente em número de utentes desde Abril de 2019, com a criação do Passe Intermodal para toda a Área Metropolitana de Lisboa [AML]».
A comissão aponta fraquezas e insuficiências nos transportes da Margem Sul, nomeadamente: os anúncios de novos barcos para a travessia fluvial do Tejo, que se repetem sem a efectiva aquisição destes; o concurso para as concessões da Carris Metropolitana, que não dá garantias para a resposta imediata às deficiências do serviço de transporte rodoviário; a circulação «para lá dos dois terços de capacidade em hora de ponta», nos comboios da Fertagus que circulam entre Setúbal e Roma-Areeiro; e o Metro Sul do Tejo, que continua a circular com bastante ruído, provocando queixas dos moradores.
M, porém foram agravados pelo surto epidémico de Covid-19, levando os utentes da margem Sul a exigir à Área Metropolitana de Lisboa e ao Governo a tomada urgente de medidas.
A comissão observa que, apesar de o surto epidémico de Covid-19 ter agravado as insuficiências nos transportes públicos de passageiros na Margem Sul, «muitos destes problemas não são novos», e exige da AML e do Governo medidas urgentes para lhes pôr fim.
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