A Petrogal está, desde meados de Março, «a pressionar uma série de trabalhadores a rescindir contratos», acusa a Comissão Central de Trabalhadores (CCT), reportando-se às três instalações da empresa, em Matosinhos, Lisboa e Sines.
Segundo Hélder Guerreiro, da CCT da Petrogal, a administração da empresa está «a amedrontar e a chantagear os trabalhadores com a ameaça de um despedimento colectivo para que rescindam os contratos por mútuo acordo ou que aceitem a pré-reforma».
Em causa estão cerca de 300 trabalhadores, sendo que muitos já aceitaram a rescisão do contrato. Em comunicado, a CCT adianta que, nos últimos seis meses, a administração da Petrogal reduziu o contrato de manutenção da refinaria de Sines para metade, o que conduziu ao despedimento de cerca de 80 trabalhadores da Martifer (empresa que prestava este serviço), avançou com um despedimento colectivo de seis funcionários e deu continuidade ao designado Plano Social, que «empurrou para fora da empresa centenas de trabalhadores em regime de pré-reformas e rescisões por mútuo acordo».
No documento enviado à comunicação social, a CCT lembra que já expôs a situação ao primeiro-ministro e ao Presidente da República, mas não obteve respostas.
Já no início do surto de Covid-19, em finais de Março, a estrutura tinha alertado para um «processo galopante de esvaziamento da empresa, que corresponde à substituição de trabalhadores com vínculo, por outros contratados, em regime de prestação de serviços».
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