A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal chama a atenção para a «redução e suspensão de prestações de serviços que vão levar ao despedimento de centenas de trabalhadores», como é o caso dos 80 trabalhadores da Refinaria de Sines. A este rol, junta-se o facto de, segundo a CCT, a empresa aparecer «no topo das notícias indecorosas, primeiro com a compra de ações a preço de saldo por dois gestores, depois, pelo salário, a todos os títulos imoral, pago ao presidente da Comissão Executiva».
Aliás, a CCT tem vindo a alertar para «o processo galopante de esvaziamento da empresa que corresponde à substituição de trabalhadores com vínculo, por outros contratados em regime de prestação de serviços» e denuncia a «situação de abandono» dos «trabalhadores de empreiteiros», para depois da crise «voltarem a contratá-los, muito provavelmente, com salários ainda mais baixos».
Os trabalhadores da Petrogal recordam que, «no período 2008/2019, o Grupo teve 4.198 milhões de euros de lucros líquidos e distribuiu aos accionistas 3.227 milhões de euros de dividendos e que o dividendo distribuído por acção triplicou» e acusam a administração da empresa de «cessar contratos numa instalação que está a funcionar ao abrigo da declaração do Estado de Emergência» e que «abrange os trabalhadores que a Martifer pretende despedir, aproveitando a boleia da Petrogal».
A CCT desafia o Governo a agir «de imediato para fazer cumprir a lei e para impedir – mesmo – todos os despedimentos de trabalhadores», sublinhando que o «Mundo está cheio de “gestores” indiferentes aos interesses sociais».
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