Apesar de não ter licença há mais de um ano, o aterro «continua a receber e a queimar resíduos, pondo em causa a saúde e segurança de moradores na envolvente», denuncia a autarquia, através de comunicado.
Desde Setembro de 2019 que a Câmara Municipal de Sesimbra, a Junta e Assembleia de Freguesia do Castelo, a Assembleia Municipal e as populações «fazem tudo o que está ao seu alcance» para parar este atentado ambiental, mas sem sucesso, não obstante as queixas da população – afectada pelos cheiros provenientes do aterro, junto à praia do Ribeiro do Cavalo, receia eventuais consequências para a saúde pública.
No final do ano, o Município acusou a empresa Greenall Life de continuar a fazer a deposição de resíduos no aterro localizado perto do Zambujal, apesar de a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) lhe ter revogado a licença.
Em Janeiro, a Assembleia Municipal de Sesimbra aprovou uma moção pelo encerramento imediato do aterro. Entretanto, e já com o caso no Ministério Público, no passado dia 13 foi enviada uma notificação à CCDR-LVT, por parte da Câmara Municipal, na qual se considera «inadmissível que, apesar de ter havido uma revogação de licença, continuem a ser depositados e queimados resíduos, sem que haja qualquer intervenção das entidades competentes».
A comunicação foi remetida também para o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, GNR, Ministério Público e Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
A «marcha-lenta por um ar saudável», a partir das 11h deste domingo, é uma das acções promovidas por um grupo de cidadãos, que no mês de Junho lançou uma petição a apelar ao encerramento imediato do aterro do Zambujal.
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