A informação sobre o realojamento de quase dez milhões de pessoas desde 2016 foi divulgada numa conferência de imprensa em Pequim, esta quinta-feira, por Zhao Chenxin, secretário-geral da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento.
Estas pessoas foram distribuídas por 5000 complexos urbanos e 30 mil rurais, cuja construção implicou um investimento de 600 mil milhões de yuans (75,5 mil milhões de euros), informa o portal cgtn.com.
Cada «bairro» possui jardins de infância, escolas primárias e secundárias, centros de saúde e hospitais, instituições de apoio a idosos e infra-estruturas de lazer e entretenimento, que foram construídas de raiz ou aumentadas, explicou Zhao.
Segundo referiu, o emprego aumentou bastante entre as famílias pobres que foram realojadas, sendo que pelo menos um membro de cada agregado familiar conseguiu emprego, e o rendimento líquido per capita anual registou uma grande subida.
Zhao Chenxin precisou que o rendimento médio anual das pessoas em situação de pobreza na China passou de 4221 yuans (532 euros) em 2016 para 9313 yuans em 2019 (1173 euros), registando um aumento médio anual de 30,2%.
Uma avaliação abrangente do projecto de realojamento, levada a cabo pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento na segunda metade deste ano, demonstrou resultados amplamente satisfatórios, nomeadamente sobre questões como qualidade e segurança das habitações, melhoria das condições de escolarização, cuidados médicos, satisfação geral da população, refere a cgtn.com.
Grande vitória na erradicação da pobreza
Recentemente, nove distritos da província Guizhou (Sudoeste) que ainda permaneciam na lista nacional de territórios atingidos pela pobreza foram declarados livres deste fenómeno.
Pouco tempo antes também saíram da lista da pobreza distritos de províncias e regiões autónomas como Yunnan, Sichuan, Gansu, Xinjiang, Zhuang de Guangxi e Ningxia Hui.
Em 2012, a China lançou um plano ambicioso com vista à erradicação da pobreza, tendo conseguido eliminar o fenómeno no seio da sua população rural e beneficiar quase cem milhões de pessoas com baixos recursos, segundo declarou, ontem, o presidente do país, Xi Jinping.
No contexto do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (17 de Outubro), o representante permanente da China junto das Nações Unidas, Zhang Jun, afirmou que, «graças às reformas e à abertura nas últimas quatro décadas, a China retirou 700 milhões de pessoas da pobreza, o que representa mais de 70% da redução da pobreza a nível global», segundo indicou a Xinhua.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui