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|Nicarágua

«A Revolução mudou a história da Nicarágua para melhor», afirma escritor

«No dia seguinte ao triunfo, o que havia era um poder popular a assumir o controlo e a iniciar uma nova estrutura institucional, o que foi extraordinário», disse o escritor Francisco Javier Bautista.

Francisco Javier Bautista Créditos / PL

O escritor nicaraguense afirmou, esta quinta-feira, que o triunfo da Revolução Popular Sandinista, em 1979, correu com a ditadura somozista e mudou para melhor a história da Nicarágua.

«A mesa foi limpa, ou seja, terminou com a ditadura de Somoza que esteve aqui durante 45 anos sob a tutela dos Estados Unidos, com a Guarda Nacional e a oligarquia liberal-conservadora protegidas pelos seus benefícios históricos em torno desse poder», explicou Bautista.

O escritor, que foi também fundador da Polícia Nacional, dialogou com a Prensa Latina a propósito dos 45 anos do triunfo da revolução, que hoje se assinalam, tendo afirmado que naquele 19 de Julho de 1979 «houve uma alegria popular e teve início uma mudança nas estruturas institucionais».

Foi a última revolução armada na América Latina, depois da mexicana (1910) e da cubana (1959), cujo principal objectivo era dar poder ao povo e erradicar pela raiz a pobreza.

«No dia seguinte ao triunfo não havia aqui uma única instituição em vigor, não havia Tribunal de Justiça, Tribunal Eleitoral, Congresso da República… O que havia era um poder popular a assumir o controlo e a iniciar uma nova estrutura institucional, o que foi extraordinário», disse.

Bautista, que desde muito jovem esteve ligado a movimentos revolucionários na zona urbana, comentou que esse processo não aconteceu devido à coragem de uma pessoa, mas porque se juntaram vontades, desde a bandeira anti-imperialista, nacionalista e da dignidade de Augusto C. Sandino até todos os legados de lutas acumuladas.

Recordou a guerrilha do Chaparral em Junho de 1959, a partir da qual foi lançada uma primeira acção militar contra a ditadura, organizada por um grupo de revolucionários, entre os quais se encontrava Carlos Fonseca Amador.

«Pode dizer-se que aquele foi o embrião da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que foi o embrião daquele processo que continuou em 1961, retomando a bandeira de Sandino pela soberania e pela dignidade nacional», defendeu.

O escritor nicaraguense comentou que, depois da vitória de Julho, vieram dias complexos, mas manteve-se a bandeira básica da luta sandinista pela defesa da soberania, da independência e da autodeterminação, ou seja, a capacidade do povo de construir o seu próprio destino.

«Mas veio também outra questão, romper com as estruturas económicas e sociais da dependência, das desigualdades e promover a equidade e a solidariedade», sublinhou.

O processo político avança

Bautista destacou a gestão do governo liderado pelo presidente Daniel Ortega, cuja aprovação é de 82,4%, e acrescentou que, apesar dos obstáculos externos, da manipulação mediática e das tentativas de golpe, o processo político avança porque assenta na consciência social.

«O que é que o povo quer? Em primeiro lugar, respeito pela soberania, independência e autodeterminação, queremos continuar a viver num país seguro e preservar a paz», afirmou.

Explicou que antes de 1979 a economia da Nicarágua parecia florescer, mas mais de metade da população era analfabeta, quase 60% eram camponeses sem direito à terra ou ao crédito.

O crescimento económico concentrava-se em grupos muito limitados, mas a Revolução rompeu com isso e hoje tenta crescer com equidade, partilha o crescimento e distribui a riqueza, o que se reflecte no acesso gratuito à Educação e à Saúde, à segurança social, às ruas e à habitação para o povo.

«Se compararmos a Nicarágua de hoje com a de há 17 anos, o progresso é evidente e acredito que vamos continuar a melhorar. A Revolução Sandinista é uma realidade histórica e não se pode ignorar que aqui houve um processo de mudança», frisou.

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