A Assembleia da República aprovou na sexta-feira uma resolução em que recomenda ao Governo a elaboração de um programa destinado a disponibilizar testes gratuitos à comunidade escolar, bem como a realizar rastreios periódicos nas escolas.
O projecto de resolução, apresentado pelo BE, foi aprovado pela maioria dos deputados, com os votos contra do PS.
Em comunicado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) congratula-se com a aprovação da medida, em cuja origem está uma petição, promovida por aquela organização dos professores, que recolheu milhares de assinaturas.
A realização de rastreios à comunidade escolar, recorda a Fenprof, é uma exigência sua anterior ao início do presente ano lectivo mas que nem o Ministério da Educação, nem as autoridades de saúde, atenderam ou aceitaram discutir.
Para a Fenprof tal deveu-se a uma tentativa de encobrimento do impacto da pandemia nas escolas e suas consequências nas taxas de contágio comunitário, problema agravado pelas insuficientes condições de segurança sanitária nos estabelecimentos de ensino.
A falta de distanciamento físico dentro das salas de aula e, também, a falta de assistentes operacionais para que se realizem as exigentes operações de limpeza e desinfecção que o actual contexto impõe, são alguns dos pontos negativos salientados pelos professores.
A Fenprof insta o Ministério da Educação a acolher a recomendação feita pelo Parlamento e a aproveitar a interrupção das aulas para preparar adequadas condições de prevenção e de segurança sanitária desde o início do segundo período do ano lectivo, em Janeiro próximo, através da realização de testes nas escolas e do estabelecimento de condições de ensino e de aprendizagem em sintonia com as exigências do actual quadro epidemiológico.
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