Foi na passada sexta-feira que a Estrada Nacional (EN) 254 junto a Bencatel, no concelho de Vila Viçosa, foi cortado pela IP, de forma definitiva, por questões de segurança. No seguimento de notícias veiculadas dias antes pela IP, de que o trânsito seria cortado ao quilómetro três da EN254, junto à pedreira «Monte d’el Rei», com cerca de 134 metros de profundidade, o PCP exigiu uma alternativa ao Governo e requereu o acesso a estudos, pareceres e outros documentos elaborados ou na posse de entidades públicas sob tutela do Executivo.
Em requerimentos dirigidos aos ministérios das Infraestruturas e do Ambiente, os comunistas afirmam que, dois anos após a tragédia de Borba, é «inadmissível que se mantenham situações de pedreiras cuja exploração seja feita pondo em risco infra-estruturas rodoviárias e todos aqueles que nelas circulam».
As críticas alargam-se ao facto de não se saber «com rigor» em que condições de segurança se encontra a EN254, bem como à decisão de cortar a via sem encontrar antes uma alternativa adequada, «deixando as populações isoladas e entregues a si próprias», sublinhando que o direito à protecção implica também encontrar alternativas, neste caso de circulação.
Na sexta-feira, o presidente da Junta de Freguesia de Bencatel denunciava a «revolta» pela forma como este processo foi conduzido, com prejuízos «sociais e económicos» para a população. José Cardoso criticava ainda que, apesar dos vários pedidos de reunião efectuados à IP, por parte da Junta de Freguesia, nunca houve resposta.
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