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CGTP-IN alerta que as crianças não podem ficar em segundo plano

«Primeiro as crianças, depois o teletrabalho» é o mote dado na sequência do encerramento das escolas e creches, e que exige dispensa de teletrabalho e pagamento a 100% a quem cuide dos filhos.

Créditos / correiobraziliense.com.br

A central sindical identifica, em nota enviada à imprensa pela Comissão de Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH), o regresso ao «drama do teletrabalho para milhares de mães e pais com crianças a cargo».

Para a CGTP-IN, o período de encerramento das actividades lectivas e não lectivas em 2020 foi uma «experiência traumática» e acusa o Governo de insistir em manter um regime «que deixa os pais e as mães entre a espada e a parede».

Se por um lado, os trabalhadores se confrontam com um apoio financeiro insuficiente para quem tem de ficar em casa para cuidar dos filhos, por outro, o problema não é menor quando são «forçados a acumular o teletrabalho com a assistência às crianças, situação que provoca stress laboral, instabilidade emocional e intranquilidade familiar», acusa a CIMH.

Para a central sindical, as medidas de apoio decretadas pelo Governo pecam por defeito, porque deixam os trabalhadores «fragilizados nos seus rendimentos e impossibilitados de conciliar a prestação de teletrabalho com os cuidados a prestar às crianças».

As crianças não podem ficar para segundo plano, num momento «em que mais necessitam de atenção, assistência e acompanhamento dos pais», defende a CIMH, que revela «dezenas de apelos, nomeadamente de mulheres trabalhadoras, em particular de atendimento permanente ao público, que se confrontam com a impossibilidade de articular o teletrabalho com a assistência adequada aos filhos menores».

A realidade exige, segundo a CGTP-IN, que seja permitida a dispensa de teletrabalho para que as famílias possam cuidar das crianças, com direito à remuneração total. E ainda que seja garantido que, no caso de um progenitor se encontrar em teletrabalho, o outro tenha direito a receber o apoio à família, que hoje lhe é negado.

Para a CIMH, «pior que errar, é não querer mudar» e este é o momento de avançar com alterações legislativas que assegurem uma justa distribuição de rendimentos, garantam a solidariedade, protejam os direitos das crianças e promovam a justiça social.

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