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ONU confirma efeitos devastadores do bloqueio à Venezuela

A relatora de Direitos Humanos da organização instou ao levantamento das sanções unilaterais dos Estados Unidos e da União Europeia à Venezuela. Portugal foi mencionado, e não por boas razões.

Alena Douhan, relatora internacional para os Direitos Humanos da ONU, durante conferência de imprensa em Caracas, Venezuela, a 12 de fevereiro de 2021
Créditos / Twitter @LeonelTeleSUR

A relatora de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Alena Douhan, concluiu a sua visita à Venezuela com um pedido de levantamento das medidas coercivas e unilaterais impostas ao país pelos EUA e pela União Europeia (UE), cujos efeitos considerou devastadores em aspectos como a alimentação, a saúde e a educação.

As declarações, noticia a Telesur, foram feitas em conferência de imprensa ocorrida na passada sexta-feira em Caracas, para apresentar o relatório preliminar de uma visita à Venezuela para apreciar os efeitos do bloqueio imposto pelos EUA e seus aliados ao país.

Douhan foi clara a identificar as dificuldades vividas não como fruto de problemas internos mas como uma consequência directa das sanções a que o país se encontra sujeito.

«A qualidade de vida dos venezuelanos diminuiu por causa de sanções coercivas e unilaterais», declarou a alta funcionária das Nações Unidas, mencionando a sua preocupação com restrições que impedem a Venezuela de reparar o funcionamento de equipamentos ligados aos sistemas de água e electricidade, com efeitos prejudiciais no sistema de Saúde e no quotidiano da população, em aspectos fundamentais como o asseio, a alimentação e cuidados pessoais.

A relatora sublinhou que as medidas unilaterais aplicadas contra a Venezuela, suas instituições e activos no estrangeiro violam os direitos internacionais e os direitos do país a responder às necessidades do seu povo, em restaurar projectos sociais e de desenvolvimento e responder à crise pandémica causada pela Covid-19.

Alena Douhan fez um apelo especial aos EUA, ao Reino Unido e a Portugal, que mantêm ilegalmente retidos fundos da Venezuela, para que devolvam esses activos a fim de estes poderem ser usados para reverter a crise económica e aliviar a situação da população.

«O informe final será apresentado em Setembro de 2021 perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU», declarou a relatora, que sublinhou a imparcialidade da sua visita, em que reuniu e dialogou tanto com funcionários governamentais como com grupos da oposição.

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