Foi durante um seminário online dedicado a debater que fatia do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) será dedicada aos recursos hídricos, esta terça-feira, que João Pedro Matos Fernandes afirmou que «vai haver um aumento da água no Algarve» para sustentar dois projectos de «eficiência hídrica», que apelida de «seguro».
O governante adiantou que a sua concretização vai pressupor um aumento da factura da água, que «vai ter que se repercutir de forma horizontal», destinado a custear o funcionamento dos projectos, já que o investimento para os fazer é comparticipado a 100%.
As declarações suscitaram críticas do PCP, que a este propósito lembra investimentos, como o da Via do Infante, em que a sua construção foi assegurada com recursos públicos e as receitas da sua utilização desviadas para grupos económicos privados, graças às portagens.
Quanto ao anúncio do ministro, os comunistas salientam num comunicado que os investimentos previstos no PRR, «que deixa de fora tantos e tantos» outros, como é o caso do Hospital Central do Algarve, não podem ter como contrapartida o aumento «inaceitável» do preço da água na região, que tem sido confrontada com graves problemas no acesso à água.
A este propósito, a mensagem de João Pedro Matos Fernandes também não tranquiliza. Segundo o ministro do Ambiente, o compromisso para os próximos anos não passa por dar «muito mais água ao Algarve, mas prometer que o Algarve não vai ter menos água nos tempos mais próximos».
O PCP admite que a falta de água na região «tem na sua raiz a prolongada ausência de investimento público e o aumento da pressão nos consumos, inerente ao errado modelo de desenvolvimento que tem sido imposto à região».
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