As autoridades afirmaram ter encontrado três corpos sem vida na Vereda Cascabel, no município de Santander de Quilichao, enquanto várias pessoas feridas foram levadas para o Hospital Francisco de Paula Santander, onde uma delas acabaria por falecer minutos depois.
As vítimas, segundo revelam várias fontes, encontravam-se numa quinta em Mondomo quando, na quarta-feira ao fim da tarde, chegou ao local um grupo de homens armados, que atiraram a matar, confirmou Luis Cornelio Angulo, secretário do governo do Cauca.
«Nessa zona, o ano passado tivemos alguns problemas quando tentámos avançar com processos de erradicação [de cultivos ilícitos], pois há presença de cultivos de coca», disse o funcionário do departamento, citado pela Prensa Latina.
Nos primeiros 60 dias do ano, foram assassinados 28 dirigentes sociais no país sul-americano, segundo os dados divulgados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz). Na sua conta de Twitter, o Indepaz informou que o assassinato mais recente de um dirigente social na Colômbia ocorreu esta segunda-feira no departamento de Sucre. Jaime Basilio, que era funcionário do Cabildo Indígena do Corregimento Libertad, no município San Onofre, foi morto na sua residência por volta das 20h. Até ao momento, desconhecem-se mais detalhes sobre o facto, revelou o organismo de defesa da paz na rede social, onde vários utilizadores fizeram eco do caso e o denunciaram, exigindo ao governo de Iván Duque que faça uma investigação a fundo, informa a TeleSur. Também no Twitter, o senador Gustavo Petro, ex-candidato à Presidência da República, denunciou que «Sucre está em pleno processo de reparamilitatização», bem como a «casta narcotraficante» que domina o município de San Onofre, «sem que a Justiça faça nada». A espiral de violência na Colômbia prossegue e, segundo os dados verificados pelo Indepaz, até 1 de Março foram assassinados 28 dirigentes sociais no país andino. A estes, juntam-se dez ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) mortos, além de 15 massacres registados, com um saldo de 59 vítimas. Os primeiros 60 dias de 2021 são uma continuidade da violência na Colômbia ao longo dos anos e que teve grande expressão no ano passado, sem que o governo de Duque actue de modo a travar a situação. Segundo os dados recolhidos pelo Indepaz, em 2020 foram mortos no país 310 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos, e 64 ex-combatentes das FARC-EP assinantes do acordo de paz de Novembro de 2016. O ano ficou igualmente marcado pelo elevado número de massacres verificados (91), dos quais resultaram 381 vítimas mortais. No total, 66 municípios foram palco de massacres, termo que o Indepaz utiliza na acepção estabelecida pelas Nações Unidas. Existe um massacre «quando três ou mais pessoas são assassinadas no mesmo local e momento e pelo mesmo presumível perpetrador». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Indepaz alerta para morte violenta de outro dirigente social na Colômbia
2020, ano marcado por grande violência
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Trata-se do quinto massacre perpetrado neste departamento do Sudoeste em pouco mais de três meses de 2021 e o número 36 desde que Iván Duque tomou posse como presidente da Colômbia, alertaram organizações sociais.
No total, 95 pessoas foram assassinadas na Colômbia nos massacres levados a cabo em 2021. Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), entidade que investiga e divulga informação sobre o conflito interno, entre 1 de Janeiro e 7 de Abril, registou-se um massacre no país sul-americano a cada três dias e meio.
Os departamentos de Antioquia e do Cauca registam o maior número de ocorrências e vítimas mortais (5 / 18). Seguem-se Nariño (quatro massacres e 17 vítimas) e Valle del Cauca (4 / 15).
«Está-se a registar um aumento em matéria de massacres nos últimos dois anos», alertou recentemente o director do Indepaz, Camilo González.
Em 2020, o organismo documentou a ocorrência de 91 de massacres, dos quais resultaram 381 vítimas mortais, em 66 municípios do país. O indepaz utiliza o termo na acepção estabelecida pelas Nações Unidas: existe um massacre «quando três ou mais pessoas são assassinadas no mesmo local e momento e pelo mesmo presumível perpetrador».
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