Xu Guixiang, representante do governo autónomo, condenou e rejeitou de forma veemente o chamado «tribunal uigur», que pretende levar a cabo uma «audiência» sobre alegações de «genocídio e crimes contra a humanidade» contra o povo Uigur na Região Autónoma Uigur de Xinjiang, no Noroeste da China.
Numa conferência de imprensa em Pequim, esta terça-feira, Xu destacou que o dito «tribunal» carece de base e consequências legais, de acordo com o direito internacional e o exercício da justiça penal.
«Qualquer suposto "veredicto" ou "sentença" do "tribunal" não é nada mais que um pedaço de papel para o caixote do lixo», disse, citado pela Xinhua.
Promovido por várias figuras do Reino Unido, pelos EUA e forças anti-chinesas em conluio com o Congresso Mundial Uigur e outras organizações do Turquestão Oriental, o «tribunal uigur» é um pseudo-tribunal criado para atacar Xinjiang e difamar a China, interferindo nos seus assuntos internos, afirmou o representante.
A China instou os EUA, esta quinta-feira, a recuar na «decisão errada» de proibir as importações de Xinjiang e a deixar de interferir nos assuntos internos do país usando essa região como pretexto. Zhao Lijian, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, declarou ontem, em Pequim, a «oposição firme» às restrições decretadas pelos EUA e afirmou que o seu país irá tomar todas as medidas necessárias para defender a sua soberania, segurança e desenvolvimento. No dia anterior, o Serviço de Alfândegas e Protecção das Fronteiras dos EUA anunciou que a proibição imposta estava relacionada com alegações de que os produtos são fabricados na região com recurso a «trabalho forçado». A China tem repetidamente rejeitado esta acusação. Ontem, Zhao disse que o chamado «trabalho forçado» é «a mentira do século», fabricada por certas instituições e pessoas nos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, que tomaram medidas para punir o povo e as empresas da China, e travar o desenvolvimento do país, informa o China Daily. Zhao Lijian disse ainda que quem se devia sentir envergonhado sobre questões de trabalhos forçados eram os EUA – repetidamente divulgadas pela imprensa –, e referiu-se a uma reportagem publicada no Los Angeles Times sobre trabalho de mulheres reclusas nos EUA. Também na quinta-feira, Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio, disse que a China se opõe fortemente à interferência dos Estados Unidos e de outros países nos seus assuntos internos, tendo por base «informações falsas e mentiras fabricadas». Sublinhou ainda que as medidas restritivas aplicadas sobre os produtos fabricados na Região Autónoma Uigure de Xinjiang, nomeadamente os derivados do tomate e do algodão, «terão um impacto negativo», na medida em que estes detêm um papel importante nas cadeias de abastecimento internacionais. Na quarta-feira, o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros já tinha criticado o Reino Unido e o Canadá por imporem restrições às importações de produtos de Xinjiang (Noroeste da China), alegando o recurso a «trabalhos forçados». Expressando a fime oposição da China a essa medida, Zhao Lijian afirmou que se trata de uma «farsa realizada por um punhado de políticos» sem «moral ou base factual», indica a Xinhua. O funcionário instou o Reino Unido e o Canadá a revogar as suas decisões, bem como a deixar de minar os interesses da China e a interferir nos seus assuntos internos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
China rejeita embargo dos EUA a importações de Xinjiang
Canadá e Reino Unido juntos na «farsa»
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Xu acrescentou que é «simplesmente absurdo» ver um tribunal ilegal realizar uma «audiência» sobre «a mentira do século».
«Isto representa uma violação grave do direito internacional, uma profanação grave das verdadeiras vítimas de "genocídio" e uma provocação grave às 25 milhões de pessoas de todos os grupos étnicos em Xinjiang», afirmou, ainda citado pela Xinhua.
Em Março último, a China sancionou quatro empresas e nove indivíduos britânicos – alguns dos quais também ligados à interferência nos assuntos internos do país em Hong Kong – por causa da criação do chamado «tribunal uigur».
As autoridades chinesas disseram então estar firmemente empenhadas na «defesa da sua soberania nacional, segurança e desenvolvimento», e acusaram os visados de disseminar «maliciosamente» «mentiras e desinformação» sobre a situação em Xinjiang.
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