|repressão patronal

Upfield reprime greve com despedimento colectivo

As relações da empresa com os representantes dos trabalhadores tem vindo a degradar-se desde que, há cerca de três anos, foi adquirida à Unilever/Jerónimo Martins por um grupo financeiro norte-americano.

Créditos / SITE CSRA

Na falta de resposta da Upfield à sua proposta reivindicativa – um aumento do salário de 30 euros mensais e o respeito pelos direitos –, os trabalhadores decidiram, em plenários, marcar duas horas de greve por turno, que cumpriram esta semana.

Mas a empresa da indústria alimentar, com fábrica em Santa Iria de Azóia, agravou ainda o conflito e a relação com os trabalhadores ao comunicar, logo nos dias seguintes à publicitação do pré-aviso de greve, a intenção de fazer um despedimento colectivo de 19 trabalhadores, entre os quais um membro da comissão de trabalhadores e os três representantes para a Saúde e Segurança no Local de Trabalho.

Em nota, o Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente, do Centro Sul e das Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN) afirma que os trabalhadores já deram resposta à atitude patronal, uma vez que, na concentração que realizaram esta quarta-feira deixaram claro que vão lutar pelos seus postos de trabalho.

Para além disso, agendaram uma acção de luta em defesa dos seus direitos para o dia 15 de Julho e marcaram para o dia 19 de Julho uma greve de 24 horas, contra a intenção de despedimento colectivo, por aumentos salariais, pela valorização das carreiras e pelo respeito e manutenção dos direitos dos trabalhadores.

|

Fima-Olá impede realização de plenários. Trabalhadores respondem com greve

Os trabalhadores da Fima-Olá cumprem uma greve de 24 horas e marcaram concentração na portaria da fábrica em protesto contra o ilegal impedimento de realizarem plenários dentro da empresa.

Créditos / Fiequimetal

A concentração contra a atitude «intransigente» da administração foi agendada para o início da tarde, no largo fronteiriço à portaria da fábrica, em Santa Iria de Azóia, no concelho de Loures.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN) denuncia num comunicado que, «apesar de já ter sido multada duas vezes pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)», a administração da Fima-Olá continua a impedir a realização de plenários.

«No resultado de duas acções inspectivas, feitas a pedido do sindicato, a ACT procedeu ao levantamento de auto de notícia por motivo de infracção (muito grave), respeitante a proibição de reunião de trabalhadores no local de trabalho, reconhecendo à Comissão Sindical o direito à sua marcação», lê-se no texto.

Além de repudiar o comportamento por parte da empresa, a greve de 24 horas visa possibilitar a participação dos trabalhadores na concentração-plenário com vista a analisarem os problemas inscritos no pré-aviso de greve e tomarem medidas para a defesa dos seus direitos. A venda do negócio de margarinas e cremes vegetais à Upfield e a proposta reivindicativa para 2019 são alguns dos temas «em cima da mesa».

O sindicato recorda que a redenominação do negócio de margarinas da multinacional Unilever (e da Unilever Jerónimo Martins) para Upfield foi feita no Verão passado, quando ficou concluída a venda à sociedade gestora de fundos KKR, sediada nos EUA.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

As relações com os representantes dos trabalhadores têm vindo a degradar-se desde que esta foi adquirida à Unilever/Jerónimo Martins, há cerca de três anos, por um grupo financeiro norte americano (KKR) que, inclusivamente, já teve os trabalhadores com salários em atraso.

No ano passado, já em plena pandemia, a gestão desta fábrica comunicou aos trabalhadores que estes desempenhavam uma actividade essencial e que não podiam parar. A fábrica nunca suspendeu a actividade, antes pelo contrário, os ritmos de trabalho durante esse ano intensificaram-se, com maior carga horária, mais desregulação de horários e maiores ritmos de trabalho.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui