Do outro lado, silêncio. A ANTROP, Associação Nacional de Transportes de Passageiros, e os três grupos empresariais que operam no sector recusam-se, desde o início do ano, a responder a qualquer pedido de reunião ou negociação que venha da parte dos seus trabalhadores e das suas organização representativas.
Ainda após a entrega do caderno reivindicativo em Fevereiro, a Fectrans/CGTP-IN (Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações) e os sindicatos nela integrados, dinamizaram, a 19 de Maio, um conjunto de acções, exigindo a valorização salarial dos motoristas. Foi, nomeadamente, entregue um exemplar, em tamanho grande, representando os milhares de postais assinados pelo trabalhadores, «contendo as suas justas reivindicações». Sem resposta.
«No seguimento dos plenários iniciados em 16 de Julho», a Fectrans reuniu «com outras organizações que representam trabalhadores e nos termos das resoluções aprovadas, construímos uma posição comum sobre o aumento dos salários». Estas exigências foram enviadas no passado dia 28 de Julho, à ANTROP. Até hoje não chegou resposta.
Em luta por melhores salários, contra o silêncio
«Perante a falta de respostas da ANTROP, a Fectrans e outras organizações subscritoras de CCTV´s – Contratos Colectivos de Trabalho Vertical, informaram a associação patronal de que, em tempo oportuno, entregarão pré-avisos de greve para os dias 20 de Setembro e 1 de Outubro», caso se mantenha a esta postura das associações patronais, avisa a estrutura sindical, em comunicado enviado ao AbrilAbril.
Quer na TST, quer nas empresas de produtos farmacêuticos, os sindicatos têm mobilizado diversas acções de luta, que resultaram em aumentos salariais, mostrando a força da organização dos trabalhadores. Para além do aumento da tabela salarial base, o acordo que os trabalhadores aprovaram esta terça-feira contempla aumentos no subsídio de refeição, nas diuturnidades, no valor da refeição em deslocado e no trabalho em dia de descanso, refere em comunicado a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN). «Esta é a demonstração de que é com a luta que os trabalhadores conquistam novos e melhores salários e este resultado tem que ser referência para todo o sector», pode ler-se na nota. No entanto, a federação sindical sublinha que a valorização dos salários dos trabalhadores do sector não pode ser na base do referencial da inflação, mas sim garantir aumentos reais, que distanciem o salário dos trabalhadores do salário mínimo nacional. Também o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Escritórios (CESP/CGTP-IN) chegou a acordo para revisão dos salários e subsídios para o ano de 2021, conseguindo o aumento de todas as cláusulas de expressão pecuniária e de todos os níveis da tabela salarial. Sublinhando que todos os valores têm efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2021, o sindicato refere que foi ainda decido requerer a Portaria de Extensão para que os salários e subsídios acordados se apliquem a todos os trabalhadores das empresas grossistas de produtos químicos. Os trabalhadores têm agora direito, por cada dia de trabalho, a um subsídio de refeição no valor de 6,50 euros, 37,50 de diuturnidades e 36,60 de abono para falhas de caixa. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Luta garante aumentos salariais
Aumentos no sector dos produtos químicos e farmacêuticos
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Em causa estão as exigências de um «aumento imediato do salário base do motorista para 750 euros» assim como a actualização, na mesma percentagem, dos demais trabalhadores. Também se exige «uma actualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais do aumento do salário do motorista» e que se «proceda à redução do intervalo de descanso» para um máximo de duas horas.
As reivindicações deste trabalhadores são idênticas às conquistas pelos funcionários dos «TST – Transportes do Sul do Tejo, e do grupo ARRIVA». A Fectrans/CGTP-IN adverte que «depende da ANTROP a existência de futuros conflictos laborais neste sector», recusando-se a responder ou reunir com os trabalhadores.
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