Os dois pavilhões pré-fabricados, instalações provisórias edificadas há quase 40 anos e que ainda eram utilizadas pela comunidade escolar, foram hoje demolidos pela Câmara Municipal de Loures (CML), decorrente de um acordo de colaboração com o Ministério da Educação aprovado em Julho.
A intervenção municipal vai consistir, por enquanto, na instalação de monoblocos, «para garantir o normal funcionamento da escola até à construção do novo pavilhão». Este empreendimento consiste na montagem, «manutenção e a eventual remoção de instalações modulares provisórias para aulas e instalações sanitárias».
Como parte do acordo, o Estado Central assumiu «o compromisso de transferir para o Município, em 2023, o montante de um milhão de euros, a título de comparticipação nos encargos» dessa empreitada.
O estabelecimento de ensino foi hoje encerrado em protesto pela comunidade escolar, que reivindica o cumprimento das promessas de 2009 do Governo, para a construção de um novo pavilhão. A Escola Básica de Camarate - Mário Sá Carneiro foi esta terça-feira encerrada a cadeado numa acção de luta contra a falta de condições do estabelecimento. O protesto juntou encarregados de educação, estudantes, pessoal docente e não docente, e contou com a presença solidária do presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, assim como do vereador com o pelouro da educação, Gonçalo Caroço. Recorde-se que o edifício deste estabelecimento de ensino foi construído há mais de 40 anos e encontra-se, neste momento, em avançado estado geral de degradação. A comunidade escolar critica que não haja qualquer resposta ou intervenção por parte do Ministério da Educação. Para mais, o Governo nunca concretizou a intenção anunciada em 2010, de construir um pavilhão definitivo em substituição dos dois pavilhões pré-fabricados em madeira (instalações provisórias há quase 40 anos) que não reunem condições de segurança, constituindo um perigo eminente. Também a CDU, em comunicado, aponta que «há largos anos tem chamado a atenção para esta situação sem que tenha havido qualquer resposta» por parte da tutela. E faz notar que, até agora, não teve qualquer resposta ao facto de a autarquia ter sugerido a demolição daquelas estruturas, se «o Ministério os substituísse por instalações provisórias, assumindo a Câmara a obra desde que o Ministério assuma o seu financiamento». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Local|
São «urgentes» obras na Escola Básica de Camarate
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Para além da demolição e da instalação dos novos monoblocos, fica também ao abrigo das responsabilidades da CML, neste acordo, o assegurar do «encargo da empreitada, no montante que exceda o valor acima mencionado, bem como a elaboração dos projectos de arquitectura e das especialidades».
A falta de condições das instalações da escola já tinha mobilizado a comunidade educativa em diversas acções públicas, tendo sido firmado um primeiro acordo, em 2009, entre o Município e o Ministério da Educação. A falta de financiamento do Governo impediu que este projecto fosse concretizado na altura, prolongando esta situação mais uma década.
Bernardino Soares, presidente da CML, deixou uma palavra de agradecimento e de reconhecimento, na sua página de facebook, «ao agrupamento de escolas de Camarate e à associação de pais, pelo seu empenho e luta que foram determinantes» para se conseguir avançar com as obras de recuperação da Escola Básica Mário de Sá Carneiro.
Cabe agora ao Município «terminar o projecto do novo pavilhão e lançar o concurso para a sua construção».
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