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Bingo Boavista: Trabalhadores com futuro incerto

Trabalhadores receiam perda de postos de trabalho, criticam silêncio e inacção do Governo.

Créditos / Sindicato da Hotelaria do Norte

Em plenário realizado esta semana, os trabalhadores do Bingo Boavista decidiram exigir do Governo e do Turismo de Portugal informação sobre o novo concessionário da sala de jogo, bem como a reabertura urgente desta e a reintegração imediata de todos os trabalhadores, informa em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (SHN/CGTP-IN).

O anterior concessionário, a empresa Pefaco SA, que viu retirada a licença da sala de jogo, foi recentemente declarada insolvente, com o administrador de insolvência a decidir despedir os trabalhadores.

Entretanto foi lançado um concurso para a atribuição da exploração da sala de jogos, mas Governo e Turismo de Portugal continuam a não fornecer ao sindicato a identificação da empresa que ganhou o concurso, bem como a data prevista para a assinatura do contrato de concessão.

O sindicato entende que, mesmo despedidos, os trabalhadores têm direito aos postos de trabalho, conforme Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, por força do contrato de concessão que vier a ser assinado.

Mas, acrescenta, nada disto aconteceria se o Governo tivesse honrado o compromisso assumido com o sindicato e com os trabalhadores, de nomear uma comissão administrativa e reabrir a sala de jogo do bingo – o que não fez.

Os trabalhadores do Bingo Boavista têm salários em atraso e estão há um ano com subsídios da Segurança Social devido à suspensão dos seus contratos de trabalho. Para muitos, o fim do prazo de garantia do subsídio de desemprego significa ficar sem qualquer apoio e protecção social.

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