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Porque a vida não é um jogo, o Bingo Boavista é para reabrir, exige sindicato

O Estado assinou o contrato de concessão em Março de 2022 com a Venistiplet Gamming e definiu um prazo de 6 meses para esta reabrir a sala e assumir todos os 62 trabalhadores que trabalhavam no Bingo Boavista. Passou-se um ano e meio e continua tudo fechado.

A luta dos trabalhadores do Bingo Boavista não é nova. Depois de uma gestão atribulada e da declaração de insolvência por parte da empresa que explorava o espaço, a Pefaco, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (SHN/CGTP-IN) defendeu que, mesmo despedidos, os trabalhadores tinham direito aos postos de trabalho, conforme Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, e por força do contrato de concessão que vier a ser assinado. 

À data, em 2022, os trabalhadores insistiram que o governo deveria ter honrado o compromisso de nomear uma comissão administrativa e reabrir a sala de jogo, de modo a salvaguardar os postos de trabalho. O tempo avançou, a luta intensificou-se e o Estado assinou novo contrato de concessão em Março de 2022 com a Venistiplet Gamming, empresa espanhola da área do jogo.

No tal contrato fora definido que a empresa tinha um prazo de 6 meses para abrir a sala e assumir todos os 62 trabalhadores que trabalhavam no Bingo Boavista, ou seja, a sala deveria ter aberto em Setembro de 2022.

Os meses passaram e actualmente, em Junho de 2024, continua tudo igual. Os trabalhadores sem respostas, sem trabalho e sem certezas face ao futuro. A empresa que se comprometeu a encontrar um espaço adequado para reabrir o Bingo Boavista tem vindo a adiar a sua promessa e nas diversas reuniões realizadas com a mediação do Ministério do Trabalho diz não ter encontrado um espaço adequado.

O SHN já reuniu com o secretário de Estado do Turismo e solicitou que não fossem mais prorrogados os prazos para a empresa abrir a sala, exigindo que esta fosse aberta de imediato. 

A estrutura sindical defende que se a empresa não abrir de imediato a sala, deve-lhe ser retirada a concessão e aberto um novo concurso público para a licença e que o caderno de encargos obrigue a integrar os trabalhadores e a cumprir a contratação colectiva existente.
 

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