No comunicado divulgado este sábado, a Câmara Municipal de Setúbal sublinha ter solicitado ao Governo um esclarecimento, «com a máxima celeridade», no dia seguinte a uma entrevista da embaixadora da Ucrânia em Lisboa, dada no passado dia 8 a um canal televisivo, onde falou de «organizações pró-russas» infiltradas no apoio aos refugiados ucranianos.
Este comunicado surge na sequência de o gabinete de António Costa ter garantido que o presidente da Câmara de Setúbal não solicitou ao primeiro-ministro informações sobre a associação, embora tenha confirmado que recebeu há duas semanas uma carta de André Martins.
A autarquia setubalense confirma ter alertado o Governo para caso «entendesse que as suspeitas lançadas pela senhora embaixadora eram credíveis, deveria, de imediato, ter informado a Câmara Municipal de Setúbal e as outras autarquias onde existem associações de imigrantes alvo de suspeitas, da necessidade de adotar medidas, o que não aconteceu, embora se saiba que é o Governo quem detém os necessários instrumentos para averiguar acusações de espionagem».
Segundo a Câmara Municipal de Setúbal, «nunca e em nenhuma circunstância» a autarquia foi informada «por qualquer entidade oficial de actos ou condutas suspeitas» da parte dos dirigentes da associação Edintsvo.
Na sexta-feira, a Associação dos Ucranianos em Portugal falou da existência por todo o país de elementos pró-Putin nas organizações que estão a acolher refugiados ucranianos, alertando tratar-se de um fenómeno que se repete em toda a Europa.
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