Após vários anos sem resposta para um sem número de problemas, os trabalhadores do Inatel de Albufeira decidiram organizar um abaixo-assinado, dirigido ao Conselho de Administração e à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que tutela a Fundação Inatel.
Na sequência de uma decisão judicial favorável, a trabalhadora retomou esta segunda-feira as funções de recepcionista no Inatel Albufeira, de onde fora despedida em 2020. A reintegração ocorreu depois de o Tribunal da Relação de Évora assim o ter decretado, no passado dia 24 de Março, revela numa nota o Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN). A direcção do sindicato, que «acompanhou a situação desde o início e prestou o respectivo apoio jurídico», felicita a trabalhadora pela «coragem e determinação na luta contra o seu despedimento», considerado «ilícito». Trata-se de «mais um exemplo» demonstrativo da «justeza» da luta, afirma o Sindicato da Hotelaria do Algarve, que se congratula com o desfecho de um processo em que a trabalhadora não se conformou com o despedimento «injusto e ilegal» levado a efeito pela Fundação Inatel. Neste sentido, a organização sindical apela à organização dos restantes trabalhadores da Fundação, bem como dos sectores do alojamento, restauração e similares – «porque, unidos, os trabalhadores têm força suficiente para melhorar as suas condições de trabalho e de vida», afirma. A sindicalização, organização e unidade no local de trabalho são um passo prévio ao reforço da exigência de uma vida digna para todos, defende o sindicato, reafirmando o compromisso de luta pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores do sector da hotelaria, turismo e restauração do Algarve. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Fundação Inatel obrigada a reintegrar trabalhadora despedida em Albufeira
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Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato de Hotelaria do Algarve (SHA/CGTP-IN) salienta a justeza das reivindicações destes trabalhadores, que lutam por um «aumento salarial intercalar», a somar ao aumento de 0,9% dado em Janeiro passado, insuficiente para fazer face ao «brutal aumento do custo de vida e o cumprimento do Acordo de Empresa que a Fundação Inatel continua a desrespeitar».
Outra questão referida no abaixo-assinado é a instituição das 35 horas de trabalho semanais para todos, pondo termo à discriminação existente actualmente: «uns têm um horário de trabalho de 35 horas semanais e outros são obrigados a cumprir um horário de trabalho de 40 horas semanais».
Recorrendo ao trabalho suplementar, a administração evita reforçar o quadro de pessoal, expondo as «falhas existentes em todos os departamentos e secções». Sem a resolução deste problema será impossível aliviar a «elevada penosidade do trabalho e garantir um serviço de qualidade aos clientes».
Solidário, o SHA reafirma a sua confiança na luta dos trabalhadores do Inatel Albufeira e apela à unidade dos trabalhadores, para dar força às suas justas reivindicações. Em 2018, o sindicato «deu um contributo indispensável para a criação do Acordo de Empresa em vigor desde então».
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