Nos últimos dias, ao contrário do que tem sido massificado na comunicação social que tem vendido a monarquia britânica como unânime no Reino Unido, vários manifestantes têm visto o seu direito à liberdade de expressão reprimido. Os casos ocorreram duarnte as várias cerimónias nos últimos dias e podem ser observados na rede social Twitter através da hashtag #Notmyking («Não é o meu rei»).
O caso mais viral até ao momento aconteceu na Escócia, em Edimburgo onde uma mulher de 22 que mostrava um cartaz a dizer “Abolish the monarchy” (“Abolição da monarquia”) e “F*** Imperialism” (“Que se f*** o Imperialismo”) foi abordada pela polícia e detida de imediato. No vídeo que corre nas redes sociais pode-se ouvir «Deixem-na em ir! É liberdade de expressão». O porta-voz da polícia escocesa justificou a dentenção alegando que a mulher perturbou a paz e após ter sido formalmente acusada e libertada está actualmente à espera de ir a tribunal.
Outra mulher foi detida em Londres em frente ao parlamento britânico por mostrar um cartaz que dizia «Não é o meu Rei». Já em Oxford um activista pela paz foi também detido após mostrar um cartaz que questionava quem elegeu o rei e pelo seu comportamento poder causar «angústia» aos presentes. Como estes, vários são os exemplos que poderiam ser dados para relatar a situação.
Esta acção policial está, no entanto, coberta do ponto de vista legal. No ano passado foi aprovada um projecto de Lei que deu poderes reforçados à polícia para restringir diversas formas de manifestação. Essa lei a polícia pode intervir se o protesto fosse barulhento o suficiente para causar um “sério desconforto” às pessoas nas proximidades. Uma forma subtil de garantir uma actuação arbitrária por parte da polícia da polícia conseguir manter incólume o sistema vigente por via da violação da liberdade de expressão.
Confrontado com estes atropelos às liberdades democráticas, o porta-voz da Primeira-Ministra Liz Truss, apesar de dizer que o direito a protestar mantém-se como um direito fundamental, complemente dizendo que cabe à polícia «decidir o que é o apropriado em circunstâncias individuais».
Vários têm sido os movimentos a demonstrar preocupação. O Liberty, grupo pelos direitos civis, já disse que é «muito preocupante ver a polícia aplicando seus amplos poderes de uma maneira tão pesada e punitiva para reprimir a liberdade de expressão e expressão». O Republic, movimento que fazendo jus ao nome pugna pela abolição da monarquia já prometeu irá reclamar com a polícia e promete fortes protestos contra a coração ao longo dos próximos meses.
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