Os preços da produção industrial registaram, em Setembro, uma subida de 41,9% na zona euro e de 41,4% no conjunto da União Europeia (UE), em comparação com o mês homólogo de 2021.
Os dados foram publicados pelo gabinete estatístico da UE, o Eurostat, segundo o qual este é um novo máximo histórico na série estatística iniciada em Janeiro de 2015.
Já na variação em cadeia, em Setembro face a Agosto deste ano, o crescimento foi mais contido, de 1,6% na zona euro e de 1,5% na UE.
De acordo com o Eurostat, o aumento dos preços na produção industrial foi principalmente impulsionado pelo aumento de custos no sector da energia, que registou um aumento de 108,2% na zona euro e 105,3% na UE.
As empresas e a economia da UE têm-se ressentido das sanções económicas aplicadas por esta à Rússia em resposta à intervenção militar daquele país no conflito ucraniano, ao lado das autodenominadas repúblicas separatistas do Donbass.
«O Ocidente prometeu que os pacotes de sanções atingiriam duramente a Rússia» sem afectar os povos europeus. «Oito meses passados, ambas as afirmações estão longe da verdade», escreve o Le Monde Diplomatique na sua edição de Novembro.
Segundo a mesma fonte, a UE enfrenta uma inflação de dois dígitos, devido aos «preços estratosféricos da energia», e os sectores industriais de uso intensivo de energia já afectados pela pandemia e pós-pandemia, como as indústrias químicas, do aço, de fertilizantes e do papel, «estão a operar com reduzida capacidade ou a fechar devido aos prejuízos».
Segundo a informação do Eurostat, outros sectores com aumentos significativos na zona euro e na UE são o de bens intermédios (19% e 19,1%, respectivamente), o de bens e consumo duradouros (9,8% e 10,1%) e os bens de capital (7,6% e 7,9%).
Excluindo a energia, os preços totais na indústria teriam subido 14,5% na zona euro e 15% na UE em Setembro de 2022, face ao mesmo mês de 2021.
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