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Acordo para aumentos salariais nas Águas de Portugal

O acordo negociado pelo STAL/CGTP-IN e a Fiequimetal/CGTP-IN garante a valorização salarial imediata nas Águas de Portugal, de 52 a 70 euros, um primeiro passo para a «devida e justa valorização» de quem trabalha.

Concentração de dirigentes, activistas e trabalhadores da Águas de Portugal, Lisboa, 20 de Janeiro de 2022 
CréditosRodrigo Antunes / Agência Lusa

Quem luta nem sempre ganha, mas quem não luta perde sempre. Não foi o caso dos trabalhadores das Águas de Portugal, grupo que integra um conjunto de empresas que abastecem mais de sete milhões de portugueses. Após um intenso período de acção reivindicativa, foi alcançado na sexta-feira um acordo para aumentos significativos nos salários.

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Trabalhadores do grupo Águas de Portugal em greve dia 13 de Dezembro

Convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN), a paralisação é motivada pela reivindicação de aumentos salariais de 120 euros para todos.

Concentração com dezenas de trabalhadores junto à ETAR de Alcântara
Imagem de arquivoCréditos / STAL

O sindicato revela, em comunicado, que «os trabalhadores do grupo Águas de Portugal vão realizar uma greve nacional de 24 horas na próxima terça-feira (dia 13), para exigir, entre outras matérias, o aumento imediato dos salários em 120 euros para todos, e 900 euros de salário mínimo no grupo».

Os trabalhadores exigem ainda «o retomar das negociações, a aplicação global do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) e a sua revisão, assim como a atribuição e regulamentação dos subsídios de insalubridade, penosidade e risco, e de transporte».

O STAL refere que, desde 2009, os trabalhadores do grupo beneficiaram de um aumento de apenas 20 euros, em 2018.

«Recentemente, a administração do grupo AdP avançou com uma proposta, de todo inaceitável, de actualização salarial para este ano de 1,2% (que corresponde à soma dos 0,3% de "aumentos" impostos pelo Governo PS na Administração Pública em 2021 e aos 0,9% em 2022), e que só não é risível porque é profundamente injusta e gravosa para os trabalhadores, que, sobretudo ao longo deste ano, têm enfrentado muitas dificuldades devido à subida brutal do custo de vida e à maior taxa de inflação dos últimos 30 anos», lê-se na nota.

O STAL diz também que a administração tem vindo a adiar a discussão do caderno reivindicativo apresentado pelos representantes dos trabalhadores (a reunião agendada para o passado dia 7 de Dezembro foi adiada para 25 de Janeiro), «dando assim prova cabal de que continua a ignorar as reais dificuldades dos trabalhadores e as suas justas e legítimas aspirações».

Adicionalmente, o sindicato lembra que o grupo apresentou lucros de 83,3 milhões de euros em 2021, um crescimento de 6% face a 2020, e mais de 400 milhões de euros nos últimos dez anos.

«Não são suficientes para valorizar os trabalhadores?», indaga o sindicato, acusando a empresa de direccionar «milhões para os accionistas» e «"migalhas" para os trabalhadores».

No início de Novembro, STAL e Fiequimetal (CGTP-IN) concentraram-se junto à sede da empresa Águas de Portugal, em protesto contra o adiamento da reunião prevista para discutir o caderno reivindicativo.  


Com agência Lusa

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Os salários mais baixos sofreram um aumento de 70 euros, 52 euros para os os salários até aos 2500 euros e todos os restantes trabalhadores alcançaram aumentos de 2%. Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN), uma das estruturas responsáveis pela negociação, valoriza o facto de o salário mais baixo na empresa ser agora de 830 euros.

A base da carreira para técnicos superiores passará a ser de 1 320 euros, ficando assim alinhada com a Administração Pública. Ficou ainda acordada a valorização de um escalão para técnicos e técnicos operativos, «sempre que tenham uma antiguidade igual ou superior a 10 anos».

Estes aumentos serão aplicados retroactivamente a Janeiro de 2023.

O processo de revisão do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) em vigor na empresa arranca no dia 5 de Abril, cumprindo-se outra das reivindicações de muitas das acções de luta dos últimos meses. A discussão, que dará prioridade «às carreiras e tabelas salariais», terá por base a proposta apresentada pelo STAL e a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).

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