Segundo refere o periódico Morning Star, a paralisação dos maquinistas, esta quarta-feira, foi «massiva», tendo abrangido 13 empresas e provocando grandes perturbações nos serviços ferroviários em todo país.
Uma nova greve de maquinistas está marcada para o próximo sábado, com o Aslef a acusar os ministros do governo conservador de Rishi Sunak de «trazerem prejuízos» aos passageiros ferroviários, uma vez que «impedem o patronato» do sector de apresentar um acordo para pôr fim às greves.
Juntando-se a um piquete na estação de Newcastle, o secretário-geral da Aslef, Mick Whelan, disse que não houve negociações desde que a direcção do sindicato rejeitou uma proposta salarial «risível», abaixo da inflação, em Abril.
Whelan tinha avisado o governo que a organização sindical não aceitaria cortes salariais líquidos depois de os maquinistas terem sofrido congelamentos salariais durante quatro anos.
Em Newcastle, Whelan acusou governo e patronato de «aparentemente não quererem uma solução» para o conflito, tendo ainda afirmado que exigem «mil por cento de aumento na produtividade para um corte salarial de 20%» em termos reais.
Prevê-se que amanhã continue a haver perturbações no sector, uma vez que cerca de 20 mil trabalhadores ferroviários – de bordo, do catering e das estações – filiados National Union of Rail, Maritime and Transport Workers (RMT) podem fazer greve.
A jornada de paralisação, que deve abranger 14 empresas, provocando interrupções nos serviços de uma parte substancial da rede ferroviária do país, tem lugar porque, «mais uma vez, o governo não está a permitir que o Rail Delivery Group (RDG) apresente uma proposta melhor que possamos considerar», disse Mick Lynch, secretário-geral do RMT, ao anunciar a greve, em meados de Maio.
«Assim, temos de prosseguir com a nossa luta para alcançar um acordo negociado sobre empregos, salários e condições de trabalho. Os ministros não podem simplesmente querer que o conflito desapareça», acrescentou, citado pelo Morning Star.
Para o dirigente sindical, o governo «subestima a força» dos trabalhadores filiados no RMT, que «acabam de nos confiar um novo mandato de greve por seis meses» e «estão determinados a seguir em frente até que obtenham uma solução aceitável».
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