Em comunicado aos trabalhadores da Schindler Ascensores, os sindicatos SITE Norte, SIESI, SITE Centro-Norte e SITE CSRA lembram que «solicitaram uma reunião no Ministério do Trabalho», no âmbito das «suas competências de prevenção de conflitos».
No encontro, celebrado no passado dia 23 de Maio, a direcção da Schindler demonstrou «total falta de interesse em chegar a um entendimento» e «não apresentou garantias escritas para a melhoria dos salários e recuperação do poder de compra», acusam as organizações sindicais, que integram a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN).
Face a uma total ausência de respostas da administração da Schindler, os trabalhadores decidiram agendar uma greve nacional de 24h para o dia 24 de Abril, concentrando-se às 11h em frente à Câmara Municipal do Porto. Ainda há muito por fazer na Schindler Elevadores. As acções de luta sucedem-se, há vários anos, na empresa, num braço de ferro em que a empresa parece, por fim, começar a ceder. Para além das greves, os trabalhadores já entregaram, à administração, um abaixo-assinado com centenas de assinaturas, demonstrando a unidade e a combatividade da força laboral na empresa. A Fiequimetal destaca a determinação dos trabalhadores da Schindler Elevadores para prosseguir a luta pelo aumento dos salários e por melhores condições de vida e trabalho. Depois da greve realizada a 22 e 23 de Dezembro, «neste início de ano, a administração deve mostrar que escutou a mensagem», defende a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN) no seu portal. A paralisação de Dezembro, tal como o AbrilAbril assinalou, foi convocada devido à ausência de resposta patronal às propostas sindicais apresentadas. Tratou-se do segundo período de greve do ano, uma vez que, após a greve realizada a 8 de Julho – com grande adesão –, a administração «manteve a sua posição intransigente» nas reuniões que tiveram lugar em Setembro, Novembro e Dezembro. Tal como em Julho, no passado dia 22 de Dezembro a greve foi acompanhada por uma manifestação no centro Lisboa, refere a Federação, sublinhando que dezenas de trabalhadores, organizados nos sindicatos SITE Norte, SIESI, SITE Centro-Norte e SITE CSRA, levaram para as ruas «o descontentamento provocado pela falta de resposta patronal às exigências apresentadas». Nesse dia de greve, os trabalhadores da multinacional reuniram-se, de manhã, no Saldanha, seguindo dali em manifestação até ao Campo Pequeno, onde houve intervenções sindicais e de solidariedade com a luta. Entre outras reivindicações, os trabalhadores e as organizações que os representam reclamam a melhoria dos salários, a dois anos, com o objectivo de aumentar as remunerações mais baixas, alertando que, a curto prazo, os salários base serão absorvidos pelo salário mínimo nacional. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A Schindler aplicou aumentos salariais em 2022, no seguimento de greves nacionais realizadas pelos trabalhadores, embora os trabalhadores e os sindicatos ainda não os considerem suficientes. A greve de dia 24 de Abril, que inclui a realização de uma concentração em frente à Câmara Municipal do Porto às 11h (a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, já confirmou a sua presença na acção) pretende exigir que a direcção da empresa apresente uma contraproposta para um justo aumento dos salários. Os trabalhadores querem reduzir as discriminações salariais, «conforme proposta apresentada, nos próximos 2 anos», o fim da «avaliação de desempenho nos aumentos salariais», uma contraproposta para «negociar um regulamento de piquete a nível nacional» e o cumprimento da «decisão do Tribunal Europeu, Processo C266/14, sobre tempo de deslocação para quem não tem local fixo de trabalho», refere o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Greve na Schindler por «salários justos e trabalho com direitos»
Trabalho|
Administração da Schindler «deve escutar mensagem de luta»
Contribui para uma boa ideia
Contribui para uma boa ideia
Esta situação ocorreu após «a grande acção de luta do dia 24 de Abril», tendo em conta que a direcção da Schindler continuou a não apresentar uma contraproposta às matérias colocadas pelos trabalhadores, nomeadamente a melhoria dos salários, o Regulamento Nacional de Piquete (e a decisão do Tribunal Europeu sobre o tempo de deslocação), o fim da avaliação de desempenho para efeitos de aumentos salariais.
«Muitos destes trabalhadores tiveram uma pequena actualização ou simplesmente não levaram aumentos», afirma o comunicado, sublinhando que, deste modo, a Schindler «mantém a discriminação entre trabalhadores que executam as mesmas funções».
A organização sindical, o aumento da sindicalização, a forte adesão aos plenários e a participação massiva nas próximas lutas são, no entender da Comissão, elementos que tornam possível «derrotar esta postura anti-negocial».
Os plenários foram marcados para dias 20, 21, 22 e 23 deste mês, no Porto, em Lisboa, nas regiões autónomas, em Coimbra e no Algarve.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui