«Uma cidade, destruição e miséria, duas famílias: Laura e Joana; Josué e Gomito. Não se conhecem, mas todos correm e todos transportam na bagagem, dor, fome e sofrimento», lê-se na apresentação.
«A culpa não é minha, é tua, é nossa. Tu olhas e não fazes nada. Sentes e não fazes nada. Olha à tua volta, o que vês? Ou vais fingir que não vês? Posiciona-te. Estamos todos misturados, os tiros chegam de todo lado. A tua bala atinge o meu coração, a minha alma, a tua alma», prossegue o texto do espectáculo encenado por Noé João, que também assina a adaptação do texto, a partir da obra homónima de Paulina Chiziane (Ventos do Apocalipse).
Guerra, destruição, miséria, sofrimento, humilhação, ódio, superstição e morte são «lugares de memória», onde «a fuga e os desvios são estratégias de sobrevivência, salvação e esperança».
O espectáculo é interpretado por Ana Paula Monteiro, Daniel Martinho, Huba Mateus e Rolaisa Embaló. Depois do Auditório Osvaldo Azinheira do Cine-Teatro da Academia Almadense, onde estará de 7 a 9 de Julho, sobe ao palco do Teatro da Politécnica, em Lisboa, entre os dias 13 e 29 de Julho.
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