Em 2020, o número de Linces-ibéricos superou os mil indivíduos. Três anos depois, esta espécie autóctone da Península Ibérica, que chegou a estar presente em todo esse território, quase duplicou: em 2023, foram identificados 2 021 exemplares: «um novo número máximo desde que se realiza um seguimento pormenorizado e articulado das suas populações», explica o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
«A recuperação da população de lince-ibérico em Espanha e em Portugal constitui um dos melhores exemplos de acções de conservação de espécies ameaçadas no mundo»: em 2002, existiam menos de 100 exemplares no mundo – só em 2023, nasceram 722 crias de lince-ibérico.
Esta imensa recuperação, «possível graças aos esforços coordenados realizados» entre várias instituições de Portugal e Espanha, permitiu a redução da categoria para «espécie em perigo» em 2015 (deixando de estar em «perigo crítico»).
Para além do aumento significativo dos números, também se verificou, no ano passado, uma expansão territorial do lince, que alcança agora «um total de 14 núcleos com reprodução confirmada e novas áreas de presença estável na Região de Murcia e nas províncias de Albacete, Badajoz, Toledo e Ciudad Real, em Espanha», assim como no Algarve, em Portugal.
Em Portugal, no Vale do Guadiana, existem 291 Linces-ibéricos, incluíndo 53 fêmeas reprodutoras e 100 crias. Perante estes resultados, é expectável que «o número de áreas seleccionadas para efectuar a reintrodução aumente nos próximos meses e anos» em Espanha. Segundo o ICNF, está em avaliação uma nova área em Portugal para se começar a fazer, também lá, a reintrodução desta espécie.
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