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A mobilização continua nas Artes Gráficas da Biscaia

Trabalhadores do sector concentraram-se esta terça-feira na localidade basca de Basauri, frente à Grafo, que acusam de ser uma das empresas responsáveis pelo bloqueio da negociação.

Concentração de trabalhadores das Artes Gráficas em Basauri (Biscaia) a 9 de Julho de 2024 Créditos / LAB

A concentração de ontem, para exigir um «acordo digno», foi convocada pelos sindicatos LAB, ELA, CCOO e UGT – os que têm estado a dinamizar a luta contra o bloqueio imposto pelo patronato.

Numa nota conjunta, a que se pode aceder nos portais dos sindicatos bascos ELA e LAB, afirma-se que, na sequência da última ronda de negociações, a 3 de Julho, as estruturas sindicais consideram a mais recente proposta patronal «insuficiente» e «longe de um eventual acordo».

«Na verdade, a proposta da Cebek [associação patronal biscainha] está muito longe de garantir o poder de compra», denunciam, acrescentando que a próxima reunião, marcada para dia 19, representa mais uma oportunidade para o patronato «desbloquear a negociação».

Ao mesmo tempo, sublinham que os trabalhadores das Artes Gráficas da Biscaia continuam «activos e mobilizados», tendo prevista a realização de várias acções, ao longo deste mês, para «divulgar o conflito».

Em luta por um acordo, sete dias de greve

A concentração de ontem segue-se a sete jornadas de greve no sector, concretizadas a 29 e 30 de Abril, a 22 e 23 de Maio e a 11, 12 e 13 de Junho, em protesto contra a atitude de bloqueio por parte da Cebek e em luta por um «acordo sectorial digno».

Os sindicatos têm acusado o patronato biscainho de não «estar a abordar com seriedade a negociação do acordo sectorial», e de apresentar propostas que são «absolutamente insuficientes».

Em comunicados ou conferências de imprensa, destacaram que aquilo que os trabalhadores pretendem é claro: recuperar o acordo sectorial, caducado desde 2011, «mas com melhorias e não cortes, como pretende o patronato».

Entre outros aspectos, reivindicam a garantia do poder de compra, bem como garantias de aplicação do acordo, a redução da jornada laboral, limites à precariedade, e melhorias no que respeita a licenças e conciliação familiar.

«Os trabalhadores do sector merecem, antes de tudo, um patronato responsável e este não o está a ser», denunciaram os sindicatos no final de Maio, insistindo no apelo ao fim da «atitude de bloqueio na negociação», e ao respeito pela plataforma sindical conjunta como interlocutor.

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