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Alentejo Litoral contesta fim do apoio a organizações que trabalham com imigrantes

O corte dos apoios às instituições que trabalham com imigrantes levou a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral a reunir-se com a secretária de Estado da Acção Social e da Inclusão, esta sexta-feira.

Trabalhadores indianos da empresa The Summer Berry Company Portugal, empresa agrícola de frutos vermelhos, conversam durante uma pausa para o almoço, em Odemira, Beja, 29 de Março de 2021 
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

«O Litoral Alentejano está a ser discriminado» pelo poder central em matéria de apoio aos imigrantes, contestou o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Vítor Proença, após reunião com a governante, em Lisboa.

O também presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal realçou que, apesar do «trabalho excepcional» que as organizações não governamentais (ONG) do Litoral Alentejano vinham fazendo com os imigrantes, viram o Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI) cortar-lhes o financiamento. 

Entre os exemplos, Vítor Proença apontou a Associação para o Desenvolvimento do Torrão, que desenvolve a actividade nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, e a Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém, com actividade em ambos os municípios.

«Também o concelho de Odemira, com a maior comunidade de imigrantes do Litoral Alentejano, está nesta altura sem qualquer financiamento governamental para apoiar a vasta comunidade de estrangeiros residentes na região», critica a CIMAL num comunicado.

Na reunião com a secretária de Estado da Acção Social e da Inclusão, ontem, participaram os presidentes das câmaras de Grândola e de Santiago do Cacém, o vice-presidente do Município de Sines e uma vereadora da Câmara Municipal de Odemira. Segundo a CIMAL, a governante comprometeu-se a coligir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião sobre este tema.

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