|China

Avião C919 da China inaugura a quinta rota comercial

O avião de passageiros C919, desenvolvido pela China, começou esta segunda-feira a operar entre Pequim e Xi'an. O país asiático procura não depender dos modelos da Boeing e da Airbus.

Créditos / Global Times

O voo MU2113, com 139 passageiros a bordo, partiu às 16h de ontem do Aeroporto Internacional Xianyang, em Xi'an (capital da província de Shaanxi), com destino a Pequim, marcando o lançamento da quinta rota comercial regular do C919, informou a operadora China Eastern Airlines.

O voo, com uma duração aproximada de duas horas e meia, realiza-se com uma frequência diária – o voo de Pequim parte às 20h locais, precisa a Xinhua.

O C919 completou o seu primeiro voo comercial em Maio de 2023 e, desde então, tem mantido operações regulares entre Xangai e Chengdu (capital da província de Sichuan, no Sudoeste do país).

Até sábado passado – acrescenta a fonte –, o C919 realizou 3133 voos, que beneficiaram quase 420 mil passageiros.

Procura da auto-suficiência frente a modelos da Boeing e da Airbus

Depois de um contrato inicial com vista à aquisição de cinco aeronaves, a China Eastern, que é o maior utilizador do modelo fabricado no país asiático, efectuou em Setembro do ano passado uma nova encomenda à Commercial Aircraft Corporation of China (Comac – fabricante aeroespacial estatal chinês), garantido a aquisição de mais 100 unidades.

No passado dia 29 de Julho, a China Eastern recebeu a sétima aeronave do modelo C919, com capacidade para 160 passageiros. Actualmente, utiliza-os nas rotas que ligam Xangai a Pequim, Guangzhou, Chengdu e Xi'an, refere o Global Times.

Outros clientes chineses que utilizam o modelo de fabrico nacional são a Air China e a China Southern Airlines, que encomendaram recentemente mais 200 aeronaves. A nível mundial, refere a fonte, as encomendas do modelo chinês ultrapassaram os mil aviões.

Com o C919, que se insere no segmento dos aviões de fuselagem estreita, a China procura assegurar a auto-suficiência e fazer frente aos modelos Boeing 737 e Airbus A320.

No entanto, esta grande aposta chinesa no sector aeroespacial ainda não conta com a certificação das autoridades aeronáuticas dos EUA e da Europa, que são um requisito fundamental para operar em grande parte do mundo.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui